Nós já sabemos como atitudes negativas de terceiros tendem a influenciar o bem-estar da gente. Imagine, então, quando essa influência atinge uma criança!
Primeiro, vale lembrar que o exercício da empatia, nas pequenas e grandes coisas do dia a dia, é um passo e tanto para ajudá-la a se desenvolver, amando-se e respeitando-se, o que a levará a uma relação sadia e fraterna com as pessoas que a cercam.
Como você deve saber, a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, antes de assumir qualquer postura ou julgamento diante de uma situação. Quando conseguimos exercê-la, a relação fica mais fácil e suave, mesmo em momentos de certa tensão, como a hora da “birra” ou da choradeira.
Listamos aqui ações bacanas, empáticas, que podem favorecer a troca positiva com a criança, contribuindo à sua autoestima.
Dedique um tempo exclusivo à criança
Em casa ou no ambiente de trabalho, vale ficar um tempo com cada uma, para saber o que pensam e sentem. Nesse momento, nada de tablets, celulares ou qualquer coisa que desvie a sua atenção.
Corrija os erros, mas com afeto
Isso significa não gritar, não bater, mas falar firme, olho no olho, sobre porque aquele ato da criança não é aceitável. Ela precisa entender que é um aprendizado, enquanto nós também devemos perceber que aprendemos com ela. Essa troca valoriza o que você disser, porque é pautada no afeto e respeito.
Promova autonomia com responsabilidade
Pequenas decisões do dia a dia são grandes desafios para os pequenos. Deixar que escolham a roupa que irão vestir, pedir que guardem os brinquedos, ajudem a tirar a mesa… Tudo isso faz bem para que construam independência e consciência de si e do outro.
Não compare
Ninguém gosta de ser comparado. A criança muito menos. Não existe melhor ou pior. O que existe são pessoas diferentes.
Não rotule (1)
Pode parecer bobagem para muitos, mas não é. Ouvir sempre: “bobo”, “chato”, “teimoso”, especialmente nessa fase da vida em que a personalidade está se formando, é ruim para qualquer um e não colabora á construção de uma boa autoestima.
Não rotule (2)
Chamar a criança de esperta ou inteligente é uma incógnita pra ela. O recomendável é valorizar o que ela faz: “gostei das cores que você usou no seu desenho”, “que bom que você arrumou os brinquedos na caixa”… E assim por diante. Elogie comportamentos para que, aos poucos, ela tenha parâmetros concretos de como agir.
Estabeleça limites
Faça isso, mas de maneira clara e coerente com a idade da criança. Ficar bravo com um bebê porque ele coloca tudo na boca, justamente na fase do desenvolvimento que a criança faz isso para descobrir o mundo, é exigir algo que ela não tem como atender. No entanto, você pode explicar que nem tudo deve ser experimentando dessa forma, até que ela adquira maturidade para mudar seu comportamento.
Valorize o esforço, não o resultado
O mais importante é tentar. Se ainda não conseguiu, por exemplo, fazer xixi no penico, é porque a criança precisa de mais tempo para isso. Incentive-a, aplauda toda vez que ela pedir ou for ao peniquinho sozinha.
Faça elogios sem exageros e com objetividade
Falar para a criança que ela arrumou os brinquedos é bem diferente de dizer que ela colocou os carrinhos e as bonecas no lugar. Ela precisa ter claro o que é esse “arrumar bem” para poder se desenvolver na sua organização. Comentários objetivos, que enalteçam os feitos da criança, devem também ser feitos na frente de outras pessoas, para que ela se sinta valorizada e útil.
Dê valor às emoções
Quando a criança chora, evite dizer: “não foi nada!”. Algo a incomodou e ela tem de ser ouvida e valorizada. Pode não ser nada para nós, mas para ela tem um significado que precisa ser respeitado.
Não superproteja
Vigiar e interferir demais são atitudes que tendem a impedir que a criança cresça com autonomia. Ela precisa estar segura e se sentir assim. Mais do que isso, pode ser exagero, porque os pequenos precisam ousar e experimentar seus limites, vez ou outra.
Não repreenda em público
A criança fez algo que não é aceitável. Chamar a atenção dela na frente dos outros pode expô-la, gerando reações diversas. O ideal é levá-la a outro local onde você possa conversar com ela, explicando porque não é legal agir daquela forma.
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