O Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial de Botucatu (Compir) se manifestou sobre o caso de racismo que ocorreu contra uma funcionária da portaria do Hospital das Clínicas de Botucatu nesta semana.
“Quero dizer que você não tá sozinha. Não deixe que pessoas de alma pequena tire o seu brilho. Você é muito maior que tudo isso”, disse Aparecida Donizete que é presidente do Conselho Municipal. “Todas as pessoas que sofram algum tipo de discriminação e racismo devem denunciar. Racismo é crime. Mata, ofende e prejudica as pessoas”, comentou Thalita Tavares do Compir. Assista a mensagem completa do conselho.
O caso denunciado:
Uma mulher de 44 anos recebeu voz de prisão e teve que pagar fiança para não ficar presa, após ser acusada de racismo contra uma jovem de 27 anos, que trabalha na portaria do Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado por volta das 14h dessa quinta-feira (17/3), quando uma viatura da Polícia Militar foi acionada ao HC.
De acordo com a vítima ela foi xingada com palavra racista.
Tudo aconteceu quando a acusada foi visitar a sua filha que está internada para uma cirurgia no hospital, porém, foi impedida por não portar documento.
Neste momento, a autora, segundo vítima, acabou xigando de “macaca”.
No 1º Distrito da Rua João Passos, o delegado Marcelo Lanhoso de Lima deu voz de prisão à mulher que mora na área rural entre Arelva e Bauru. Assim, ela teve que pagar fiança de R$ 1.500,00 para não ficar presa. Após isso, o caso deve prosseguir na polícia – se for vontade da vítima – para que a autora seja responsabilizada pelo crime de injúria racial (artigo 140).
