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8 de março de 2021 – guardem os presentes e homenagens: queremos igualdade, políticas públicas de qualidade e vacina já!

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é uma data aglutinadora das lutas das mulheres no mundo todo. Sua origem remonta às reivindicações por melhores condições de trabalho e campanhas contra a fome protagonizadas por mulheres operárias desde o fim do século XIX.

Mais de um século depois, nós mulheres, seguimos à frente de um movimento plural por uma sociedade mais justa!

Na pandemia, estamos na dianteira dos cuidados da saúde de toda a população: profissionais de limpeza em hospitais e lares, médicas e enfermeiras, pesquisadoras, dentre outras profissionais num trabalho
incansável para enfrentar a crise da covid-19 e na busca pela vacinação de todas e todos. Mesmo assim, seguimos como as principais responsáveis pelas tarefas domésticas e do cuidado, seja dos idosos ou dos filhos. Por isso lutamos por uma sociedade na qual a vida, os cuidados e a educação estejam no centro da elaboração das políticas públicas.

Somos a maioria da população em situação de pobreza e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde.

Também somos maioria das servidoras públicas, enfrentando o desmonte do setor público e privatização de empresas estatais que aumenta a precarização do trabalho e dos serviços dos quais depende a
população.

Foto de Fernando Frazão/Agência Brasil (antes da pandemia).

Em plena crise inédita, enfrentamos o discurso de governantes e parlamentares que praticam a necropolítica explícita ao ignorar a ciência e promover aglomerações, falsas informações além de se isentarem da responsabilidade em promover políticas públicas de auxílio econômico para que as pessoas permaneçam em casa em condições dignas de vida. Também abandonaram os investimentos na saúde pública e pesquisa.

É vergonhoso que sejamos referência na produção e exportação de alimentos, enquanto famílias passam fome e vivem na miséria em pleno 2021. A política que favorece os interesses econômicos e do mercado aprofunda as desigualdades entre homens e mulheres, negros e brancos, ricos e pobres. Esse projeto está aliado aos setores conservadores e fundamentalistas, que lucram explorando o trabalho dos pobres e mulheres, e nos relega a uma vida sem direitos e de precariedade.

Não nos interessam flores, presentes ou homenagens enquanto os números de violência doméstica e sexual contra as mulheres, crianças e lgbts aumentam vertiginosamente, na mesma medida em que a Lei Maria da Penha não é aplicada e as casas abrigo são desmontadas. Queremos viver com segurança e liberdade, andar na rua sem assédio e sermos respeitadas no exercício do nosso trabalho.

Apesar dos inúmeros desafios, continuamos lutando e conquistando espaço na política! Ao final do expediente, de cada dia árduo de cada trabalho, entre uma tarefa e outra, antes das aulas ou após as aulas noturnas em nossas graduações, entre um cuidado e outro, durante gravidez e ainda em 2020, alcançamos expressiva votação em mulheres.

E elegeremos muito mais, quando as cotas eleitorais passarem a ser por número de cadeiras e não em número de candidaturas, quando o fundo partidário for dividido igualmente entre as candidatas e candidatos e, sobretudo, quando o assédio for exemplarmente punido para que as mulheres tenham coragem e direito ao pleito eleitoral.

A União de Mulheres na Política em Botucatu se dedica a aumentar a representação de mulheres na política na nossa cidade. Para nós, no entanto, não basta ser mulher, queremos representantes engajados
na luta pela transformação da sociedade, capazes de promover propostas e políticas públicas para as mulheres e que combatam qualquer forma de privilégio e desigualdade.

Por isso, estamos unidas para lutar:

Pelo fim da necropolítica!
Por vacina para todos e já!
Por investimentos na saúde pública e em pesquisa!
Pela igualdade!
Pela renda emergencial e políticas sociais!
Por empregos e serviços públicos de qualidade! Por políticas públicas de cuidado e educação!
Pelo combate à violência doméstica!
Pela implantação integral da Lei Maria da Penha Pelo fim do feminicídio e da transfobia!

Pelo combate e punição de atos de assédio a mulheres em todos os locais, sobretudo nas Câmaras federais, estaduais e municipais.

Texto enviado por Por Mulheres Unidas na Política.

Redação 14 News

Redação 14 News

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