Nas últimas 24 horas, o Estado de São Paulo teve mais 197 mortes confirmadas pelo novo coronavírus, chegando a um total de 2.851 óbitos – incluindo o segundo bebê da cidade de São Paulo, com apenas 1 ano, que faleceu com diagnóstico de COVID-19.
Nesta terça-feira (5), também passou de mil o número de vítimas fatais no interior, litoral e Grande São Paulo, chegando a 1.050 nesses locais. Somando a capital, já houve óbitos em 158 cidades.
Além disso, há 34.053 casos da doença, 1.866 a mais desde ontem. A COVID-19 já infectou pessoas de 344 municípios, 53% do total do estado. Fora da capital, são 12.913 casos, o que representa 38% do total de SP.
Mais de 300 internações ocorreram nas últimas 24 horas, chegando a 9,3 mil pacientes internados em hospitais de SP, sendo 3.661 em UTI e 5.694 em enfermaria.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a COVID-19 nesta terça é de 68,9% no Estado de São Paulo e 86,9% na Grande São Paulo.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 1.668 homens e 1.183 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73,4% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (716 do total), seguida por 60-69 anos (627) e 80-89 (550). Também faleceram 199 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (386 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (221), 30 a 39 (114), 20 a 29 (28) e 10 a 19 (8), e dois com menos de dez anos – o primeiro bebê que morreu na cidade de São Paulo tinha seis meses, com óbito confirmado em 25 de abril.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (60% dos óbitos), diabetes mellitus (43,6%), doença renal (11,5%), doença neurológica (11,4%) e pneumopatia (10,5%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.
Esses fatores de risco foram identificados em risco: 2.313 pessoas que faleceram por COVID-19 (81,1%) do total.
A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/.
QUEDA NO ISOLAMENTO SOCIAL COINCIDE COM MAIS CASOS NO INTERIOR
Segundo a análise, o vírus que estava restrito à Região Metropolitana de São Paulo até o meio de março, avançou pelo interior e litoral e, em menos de 45 dias, chegou a todas as regiões do Estado. Em 17 de março, apenas nove cidades da RMSP apresentavam casos e somente a capital registrava óbitos. O levantamento completo pode ser acessado neste link.
Os números mais recentes apontam que a doença já se espalhou por todo território paulista, com casos confirmados em 332 municípios (51,5% dos 645 do Estado) e mortes registradas em 150 cidades. Destes 332 municípios com casos, 293 estão no interior/litoral (88%) e das 150 cidades com óbito, 114 são do interior/litoral (76%).
“O isolamento social é apontado por médicos e especialistas como o recurso mais eficaz para enfrentar o novo coronavírus. É fundamental que a taxa de isolamento siga crescente para que continuemos a ter sucesso na estratégia de combate à doença, principalmente neste momento de franca aceleração da curva de contágio”, afirma Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do Estado.
Apesar do número absoluto de infectados ainda se concentrar na RMSP, o contágio cresce proporcionalmente a um ritmo quatro vezes mais rápido no interior e litoral de São Paulo do que na Região Metropolitana. No período de 3 de abril a 1 de maio, o número de casos registrados cresceu 2.532% no interior (de 167 casos para 4.397), enquanto que na RMSP o crescimento foi de 625% (de 3.352 para 24.301).
De 15 a 30 de abril, as regiões do interior e litoral paulista que apresentaram maior aumento no número de casos foram Itapeva (1125% – de 4 para 49 casos), Registro (546% – de 13 para 84 casos) e Barretos (475% – de 12 para 69 casos).
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes, o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência, advertiu sobre os ricos de o índice de isolamento ficar abaixo de 50%. A recomendação para ficar em casa e para evitar aglomerações é importante para evitar o contágio da COVID-19.
“É claro que o isolamento é muito chato. Todos nós estamos vivendo isso, é muito difícil, nós sempre agradecemos muito a população, mas a população precisa estar convencida que esta é a única forma de nós darmos conta da assistência aos pacientes do Estado de São Paulo”, afirmou.