Tiago Felipe da Silva, de 33 anos estava de carro com a esposa gestante no dia 8 de janeiro de 2017, quando no trevo da Fazenda Matão, na Rodovia Marechal Rondon – em direção à serra – sofreram um acidente.
Dez dias depois desse episódio, a esposa Bruna Matias de Oliveira, de 24 anos, teve a criança (Miguell) com 25 semanas e 6 dias, ou seja, um pouco menos de 6 meses de gestação – considerado um caso de prematura extrema.
“No acidente o cinto apertou a barriga dela e forçou; ele veio nascer em casa. Eu fiz o parto do meu filho com o médico do SAMU me orientando pelo viva-voz (do celular). A gente depois encontrou no caminho com o SAMU. Ele ficou um bom tempo internado: 104 dias na Unesp para ganhar peso. Teve duas paradas cardíacas, voltou depois de 15 minutos, e quase chegaram a confirmar o óbito”, conta Tiago.
Miguell acabou tendo um tipo de paralisia cerebral espastica, que afeta a parte motora. Sua luta envolveu ter ao seu lado, uma “caixa de oxigênio” que utilizou por 7 meses, em todo lugar que ia.
O garoto que vai fazer 3 anos em janeiro nunca engatinhou ou andou. Uma campanha foi realizada na Rádio Municipalista para a compra de um andador especial onde vai conseguir treinar com equilíbrio.
A família de Anhembi tem ajuda do poder público com transporte e para adquirir o andador especial, que com indicação da Apae de São Manuel – onde faz fisioterapia – conseguiu um valor mais em conta, cerca de R$ 780,00.
Como a família não estava em condições de comprar, acabou conseguindo via campanha da rádio. A compra vai acontecer em seguida.
“Ele faz esse tratamento na Apae, mas não adianta se não treinar em casa. Isso vai ajudar no seu desenvolvimento”, explicou o pai.
Ao fim dessa história, a mãe continua na missão de cuidar do filho, e por isso fica exclusivamente com Miguell.
O pai luta trabalhando para dar o suporte necessário. Um exemplo de superação do garoto e também amor incomparável de pai e mãe.
(do 14News)