25 de abril de 2024
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Mulher de 28 anos que foi esfaqueada por bandido durante assalto em Botucatu fala ao Agência14News

Uma jovem de 28 anos que mora em Botucatu e foi assaltada na Rua Curuzu, perto da agência do INSS, nesse final de semana, disse que espera a prisão do assaltante que a atacou. Ela conta que ao estacionar para atender ao celular, o bandido enfiou a mão pelo fresta do vidro e nesse meio tempo foi atacada, sendo alvo de uma facada na cabeça.

Depois do crime, ela postou um desabafo na rede social e nesta segunda-feira (23) falou com a reportagem do site Agência14News.

O CRIME

“O ocorrido aconteceu por volta das 11h25 da noite. Parei em frente ao INSS por volta das 11h20. Encostei o meu carro para falar no celular. Depois eu continuei a mexer no celular mais um pouco. Foi tudo muito rápido. Na hora que percebi quando estava olhando no retrovisor, na hora estava passando bastante carro, moto, ônibus, e tudo tranquilo. Na hora eu estava com o vidro um pouco aberto, era a entrada de um braço mesmo, um palmo. Do nada ele grudou no meu cabelo e disse – é um assalto – com a faca no meu pescoço. Dizia: É um assalto, passa a bolsa e o celular. Nessa hora olhei para a cara dele não acreditando. Pensei que ele estava de brincadeira. A gente pensa que nunca vai acontecer com a gente”. 

FACA NO PESCOÇO

“Eu derrubei o celular no chão, aí falei que só conseguiria pegar o celular se ele tiresse a faca do meu pescoço, porque eu não conseguiria abaixar. Foi nessa hora que ele colocou a faca na minha nuca, perto do meu pescoço, do lado de trás, e ficou com a faca ali. Falava – vai moça, vai logo, dá o que você tiver, o celular, a bolsa. Dá o dinheiro, vai, vai… Eu fiquei ali pensando em um jeito de eu sair dali. Em momento algum eu pensei em entregar o celular pra ele. Eu queria sair dali, pensava em segurar o braço dele, ligar o carro, e foi na hora que o carro estava no ponto de partida, mas não estava ligado”.

FUGA

“O carro já estava com o freio de mão abaixado. Aí eu bati a mão no câmbio para engatar a primeira e foi na hora que pensei – Vou ligar o carro e seja o que Deus quiser. Tomara que o carro ligue na primeira senão eu teria dançado ali. O carro ligou e nessa hora eu soltei a embreagem e ele saiu. E foi nessa hora que ele começou a me esfaquear. Dei o tranco e ele se assustou também. Ele começou a dar (golpes) e eu me abaixando. Nessa hora ele soltou o carro. Minha voltade era dar ré e passar por cima dele. Porém, nesse mesmo momento o ônibus virou e estava vindo uma moto e eu… a única coisa que eu fiz foi voltar, dei a volta. Nisso, as meninas que estavam descendo no ponto de ônibus… e já parei perguntando se viram alguma coisa. Elas falaram que viram ele entrando em um carro, um Palio. E a única coisa que eu pensava era ir atrás dele”.

CARACTERÍSTICAS

“A hora que olhei ele pelo retrovisor eu consegui ver que estava com uma blusa de frio cinza com detalhes brancos, um shorts branco com detalhes pretos, e na hora achei que estava de tênis, mas estava de chinelo. Vi bem na hora que ele saiu correndo”. 

FILMAGEM

“Onde eu estava tinha bastante câmera ali.É tudo monitorado, tanto na advocacia, rua de cima, rua de baixo, tem bastante câmera, sim. Tanto que eu mesma já fui atrás para pedir e ver se conseguia  ver alguma coisa. No rosto não vai dar para ver porque ele estava com a touca da blusa”. 

'FORÇA-TAREFA'

Tem bastante gente atrás dele porque às 5h da manhã eu postei no Facebook um desabafo sobre o acontecido. Nesse meio tempo muitos amigos policiais entraram em contato perguntando, e todos os meus familiares, todos desesperados, até pela foto porque o corte foi grande, mas no restante está tranquilo. Muitos me deram muito apoio porque é um susto. Em Botucatu, a gente acha que nunca vai acontecer e está acontecendo. Mais pelo fato de eu reagir todo mundo fala que sou louca e tudo mais, só que na hora você fica com tanta raiva, eu que sou calma, tranquila, não me apavorei, mas a vontade era eu matar ele, puxar, menos de entregar o celular”.

BRINCADEIRA…

“Eu achei que fosse algum amigo, alguma brincadeira, porque meus amigos têm essas brincadeiras bobas. Tanto que na hora eu pensei que fosse, mas não era e percebi que era coisa séria quando senti a faca no meu pescoço; só que mesmo assim fui super fria. Pelo ramo que atuo sou uma pessoa calma e fria; acho que isso me ajudou bastante, porque em momento algum eu fiquei com medo. Tanto é que quando voltei com o carro eu queria pegar ele, tinha umas amigas minhas descendo o ponto de ônibus e perguntei se tinham visto alguma coisa, eu estava com a camiseta cheia de sangue e escorrendo porque o corte foi na cabeça, eu parei o carro e fui perguntar o que tinha acontecido, eu tive a reação de falar para minha amiga entrar no carro que ainda iria atrás do bandido. Pedi ajuda na casa de um amigo para lavar a cabeça. Ele ficou assustado. Eu falei que fui assaltada, mas que não era nada. Pedi para minha amiga tirar foto e vi que tinha que dar ponto. Eu mesma fui no hospital. A médica e todo mundo ficou assustado. A Dra. perguntou o que era e, calma, contei que tinha sido assaltada. Hoje, todo mundo vem perguntar se está tudo bem, eu digo que sim, quero é achar ele”.

REVOLTA

“Todo mundo ficou revoltado depois que coloquei na internet. Se eu estivesse com uma arma e matasse ele, era ele que se passaria como vítima. Nesse Brasil, sem comentário… Eu pensei em acelerar e sair, sei que não tem que reagir, mas no momento, na adrenalina e na raiva… eu sempre comento com meus amigos e minha mãe que se eu fosse assaltada eu reagiria, mas se tivesse arma eu entregaria, mas depende da situação. A gente não entrega porque é muita raiva. A gente sua tanto para comprar e vem um nóia que vem roubar para levar o celular e a gente não pode fazer nada. Momento algum eu me arrependi. Única coisa eu daria ré e atropelaria. Ùnica coisa que me arrependo é não ter pego ele. Fiz o cerco para descobrir o carro dele, um Palio cor escura, mas agora vamos achar ja que outra coisa a gente não pode fazer, e vamos ver no que vai dar”.

(Cristiano Alves – Do Agência14News).

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Redação 14 News

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