Ao representar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em debates que ocorreram no plenário do Senado Federal, o ministro Admar Gonzaga afirmou que, após o prazo das convenções partidárias, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, convidará os candidatos à Presidência da República para firmar um pacto por um processo eleitoral mais tolerante e propositivo. De acordo com a afirmação do ministro Admar, há uma preocupação que ações inescrupulosas possam prejudicar o processo eleitoral.
O debate no Senado ocorreu durante sessão temática para debater o aumento dos casos de violência e intolerância no processo político em todo o país.
Na ocasião, o ministro também afirmou que uma das principais preocupações da Justiça Eleitoral é a disseminação de notícias falsas durante a campanha entre os concorrentes.
“O ódio político não convive bem com a democracia. A sociedade precisa questionar a quem interessa a cultura de ódio que vem sendo pregada. Não pode ser aceito que alguém se ache no direito de atirar contra quem pensa diferente, como foi amplamente televisionado recentemente. Será que foi uma pessoa desequilibrada ou uma ação orquestrada visando explorar as divergências? Se formos neste rumo, a política será capturada pelos mais inescrupulosos”, afirmou o ministro, ao destacar que é necessário priorizar a educação política.
Para ele, o atual nível do debate no país é propício para o “envenenamento e toxicidade do ambiente das disputas eleitorais”.
Também participaram dos debates o jornalista Tibério Canuto, representando a Fundação Astrojildo Pereira (FAP); a cientista política Michele Ramos, do Instituto Igarapé; e o presidente da ONG Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, além de senadores como Cristovam Buarque (PPS-DF), Dário Berger (PMDB-SC), José Medeiros (Pode-MT) e o presidente da Casa, Eunício Oliveira. Esse último, em seu discurso de abertura, criticou àqueles que exploram a disseminação de notícias falsas visando atingir objetivos eleitorais.
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(com Assessoria de Imprensa)
