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Liderança feminina: o que de fato você acredita?

Alessandra Pupim – Coach, Treinadora e Consultora de Desenvolvimento Humano na Consciência Ativa – abre a sequência de diferentes abordagens sobre o mês da mulher no 14News.

Neste mês especial do 14News traz várias reflexões sobre avanços e desafios.

Confira o artigo:

“Você se sentiria muito confortável com uma mulher como CEO (Chief Executive Officer) de uma grande organização no Brasil? E com uma mulher à frente do governo?
Estas questões integram uma pesquisa realizada pela consultoria Kanta para o Reykjavik Index for Leadership, índice que mede como homens e mulheres são vistos em termos de suas aptidões para a liderança, ou quão confortável uma sociedade se sente tendo mulheres no comando, comparativamente a homens.
Bom, quer saber o resultado para essas questões? 41% dos brasileiros estariam muito confortáveis com uma mulher como CEO e 43% muito confortáveis com uma mulher à frente do governo.
Pouco?!
Há 88 anos foi promulgado o Código Eleitoral que garantia o direito de voto às mulheres brasileiras. Há, apenas, 58 anos que a mulher não precisa, legalmente, de autorização do marido para trabalhar. E há 41 anos (nossa, minha idade!), foi revogado o decreto que proibia as mulheres de praticar esportes como luta, futebol de salão, polo e beisebol, depois que a equipe brasileira feminina de judô se inscreveu no campeonato sul-americano com nomes de homens.

Já parou para pensar quão recentes são estas conquistas quando comparadas com a nossa história, enquanto humanidade?
Foi fácil? Não. Custou muito sangue, suor e lágrimas, literalmente. Ninguém assinou papel algum sem que nós, mulheres, bradássemos e lutássemos por equidade. Como dito, foi tudo con-quis-ta-do.
Falta muito? Sim. Em se tratando de mercado de trabalho, ganhamos cerca de 20% a menos que os homens, segundo o IBGE; estamos presentes no topo de apenas 15% das empresas, de acordo com a Grant Thornton; e temos 20% menos propensão a nos candidatar a uma vaga.
E não é por falta de Interesse: segundo a Bain & Company, por exemplo, o nível de desejo e confiança em alcançar uma posição de liderança sênior é semelhante entre homens e mulheres.
Tampouco por falta de resultado: uma publicação da McKinsey mostrou que companhias com mulheres no comando têm 50% mais probabilidade de aumentar os lucros, e segundo uma pesquisa mundial da OIT (Organização Internacional do Trabalho), 57% das empresas respondentes concordam que as iniciativas de diversidade de gênero causam aumento dos resultados.
Porém, se voltarmos à pesquisa da Kanta cujos dados revelam que cerca de dois terços dos homens e metade das mulheres brasileiras não se sentem muito confortáveis com um comando feminino, e que, ainda, segundo a Ipsos, 41% das brasileiras têm medo de defender seus direitos, percebemos o quanto enraizada ainda está a cultura de fragilidade, inferioridade e submissão feminina, impactando até mesmo simples diálogos e atitudes do dia-a-dia.

Bom, uma cultura é composta de costumes, conhecimento, hábitos e arte, dentre outros, mas também de crenças. E quando se fala em crença, fala-se em algo que é tido como verdade pelo indivíduo, uma convicção que, não necessariamente, seja justificada ou comprovada. E, nada melhor para quebrar uma crença, do que confrontá-la: o que me faz pensar assim? Isso é real? É lógico? Há alguma evidência disso?
E é aqui que fica o meu convite a vocês para este “mês das mulheres”: que tal olhar sua carreira, seu trabalho atual e aquilo que quer para sua vida, e desafiar aquele pensamento ou afirmação que acaba te enfraquecendo e te colocando como vítima, coadjuvante da própria história?”.

Continue acompanhando os artigos e reportagens sobre o mês das mulheres. Sugira nomes e artigos: contato@agencia14news.com.br

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Redação 14 News

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