Fórmula 1
Correndo com o regulamento dentro do cockpit, Nico Rosberg sagrou-se campeão mundial da F1 de 2016. Mesmo terminando na P2, com seu parceiro de equipe e rival direto pelo título, Lewis Hamilton na P1, Rosberg manteve a diferença necessária para levar o campeonato. Completou o pódio com sua Ferrari, Sebastian Vettel.
Como sempre, a corrida de Abu Dhabi é um espetáculo a parte. Isso porque a largada se dá em pleno por do sol e a bandeirada final é iluminada pelas mais 3.000 super lâmpadas, especialmente criadas para iluminação desse magnífico circuito, de modo que seu brilho não atrapalhe a visão dos pilotos.
O espetáculo mais uma vez dentro da pista ficou por conta de Max Verstapen e Daniel Ricciardo, ambos com suas Red Bull e Sebastian Vettel de Ferrari.
No final, Verstapen levou a P4 e Ricciardo a P5. Massa terminou seu ciclo na F1 com um honroso P9, a frente de Fernando Alonso. Valteri Bottas abandonou no meio da prova, com problemas eletrônicos.
De resto, podemos dizer que desta vez Hamilton ganhou mas não levou. Durante toda a temporada, nas 21 etapas, a briga foi acirrada entre os dois pilotos da Mercedes, inclusive muitas vezes sendo consideradas duas provas, uma somente entre as duas Mercedes e outra com o resto do grid.
Mas desta vez, Nico Rosberg, mais maduro e frio, jogou conforme o regulamento, sem arriscar, com prudência e principalmente inteligência.
Nico é o segundo piloto campeão da F1 cujo pai também foi campeão, Keke Rosberg que em 1982 pela Willians levou o título da temporada. A propósito, a Willians é o mesmo time em que Nico estreou na F1 em 2006. Já Damon Hill foi campeão em 1996 também pela Willians, seguindo os passos de seu pai, Grahan Hill, bi campeão em 1962 e 1968. Grahan Hill morreu em 1975 em um trágico acidente de avião.
Bem, definido o campeão de 2016, a “dança das cadeiras” entre os pilotos das equipes está longe de acabar.
O Brasil ainda não tem nenhum piloto confirmado na Fórmula 1 para a próxima temporada, pois Felipe Nasr ainda segue sem ter seu futuro confirmado para 2017. O brasileiro não conta mais com o patrocínio do Banco do Brasil para permanecer na Sauber, que estaria próxima de anunciar Pascal Wherlein para seu lugar, mas como a Manor, hoje “equipe laboratório” da Mercedes está a procura de dois novos pilotos para seus carros, as chances de Nasr pilotar um Manor Mercedes são boas, pois por ser custeada em boa parte pela Mercedes, um patrocínio de menor valor poderá ser a chave que abrirá a porta da equipe para o brasileiro.
E se for para a Manor, que se dê por feliz, pois a equipe vem evoluindo gradativamente, inclusive em 2017 utilizará o chassi utilizado este ano pelos Mercedes campeões. Soma-se um chassi campeão, com um motor extremamente confiável e hoje considerado o melhor do grid, mais o maciço apoio da “equipe mãe” Mercedes, a Manor tem boas chances de se tornar uma segunda Toro Rosso, em termos de desenvolvimento e progresso.
A certeza disso tudo teremos somente em 2017. Até lá, as únicas noticias serão as confirmações dos pilotos para 2017. Assunto que nos próximos dias teremos publicado.
Mas, mesmo se na F1 o Brasil não tiver piloto em 2017, em outras categorias nossos jovens pilotos estão indo bem. A GP2 e a GP3, principais categorias de acesso à F1, teremos Sergio Sette Camara na GP2, que assinou neste final de semana em Abu Dhabi seu contrato para correr com a equipe MP, uma equipe que por enquanto é considerada de médio porte, lutando no meio do grid, na próxima temporada, enquanto Matheus Leist vai testar nesta semana em três das melhores equipes da GP3 e está perto de fechar um acordo.
Sette Camara vem de uma temporada ruim na Fórmula 3 Europeia, tendo terminado em 11º mesmo sendo considerado, no começo do ano, um dos favoritos para levar o título, em uma temporada que acabou sendo totalmente dominada por Lance Stroll, que substituirá Felipe Massa na Williams no próximo ano.
O brasileiro, contudo, vem de uma ótima participação no Grande Prêmio de Macau, prestigiada competição de F-3, na qual ficou em terceiro. Ainda assim, na GP2, não deve estar na luta pelo título, a não ser que a MP tenha uma evolução acima da média. E como os brasileiros tem fama comprovada de excelentes desenvolvedores e “acertadores” de carros, tudo é possível. Nesta temporada, Oliver Rowland, que correu pelo time e é considerado um piloto talentoso, terminou apenas no nono lugar.
Leist, por sua vez, optou pela GP3 ao invés da F-3 Europeia, depois de conquistar o campeonato inglês de F-3 ano passado. O brasileiro vai testar com a Art GP, Arden Motorsport e Trident Racing, três primeiras colocadas no campeonato deste ano, para definir com quem assina para 2017. Acompanharemos de perto esses testes e informaremos o resultado final.
MERCADO NACIONAL
Este final de semana pude acompanhar pela internet testes de desempenho e consumo de 4 carros nacionais, todos mil cilindradas, equipados com os novos motores de 3 cilindros e os resultados não foram, a meu ver, animadores.
Vou citar, de modo simples e comparativo, os testes dos 4 carros 1000, completos e zero KM, e comparar com os números do Renault Sandero Expression 2013, mecânico, completo, com 80.000 km.
FIAT MOBI DRIVE
– Preço: R$ 39.870,00
– Motor: 1.0, 3 cilindros, 6V, flex
– Potência: 72 CV com gasolina e 77 CV com etanol, a 6.000 RPM
– Torque: 10,4 kgfm com gasolina e 10,9 kgfm com etanol, a 3.250 RPM
– Câmbio: manual com 5 marchas
– Consumo: Cidade: 13,7 km/l com gasolina
9,6 km/l com etanol
Estrada: 16,1 km/l com gasolina
11,3 km/l com etanol
FORD KA
– Preço: R$ 43.290,00
– Motor: 1.0, 3 cilindros, 12V, flex
– Potência: 80 CV com gasolina e 85 CV com etanol, a 6.500 RPM
– Torque: 10 kgfm com gasolina e 10,5 kgfm com etanol, a 3.500 RPM
– Câmbio: manual com 5 marchas
– Consumo: Cidade: 13,5 km/l com gasolina
9,2 km/l com etanol
Estrada: 15,7 km/l com gasolina
10,8 km/l com etanol
VW UP!
– Preço: R$ 42.390,00
– Motor: 1.0, 3 cilindros, 12V, flex
– Potência: 75 CV com gasolina e 82 CV com etanol, a 6.250 RPM
– Torque: 9,7 kgfm com gasolina e 10,4 kgfm com etanol, a 3.000 RPM
– Câmbio: manual com 5 marchas
– Consumo: Cidade: 14,2 km/l com gasolina
9,6 km/l com etanol
Estrada: 15,3 km/l com gasolina
10,6 km/l com etanol
NISSAN MARCH
– Preço: R$ 38.990,00
– Motor: 1.0, 3 cilindros, 12V, flex
– Potência: 77 CV com gasolina e etanol, a 6.200 RPM
– Torque: 10 kgfm com gasolina e etanol, a 4.000 RPM
– Câmbio: manual com 5 marchas
– Consumo: Cidade: 12,9 km/l com gasolina
8,8 km/l com etanol
Estrada: 15,0 km/l com gasolina
10,4 km/l com etanol
RENAULT SANDERO EXPRESSION ANO 2013 COM 80.000 KM
– Preço médio FIPE: R$ 27.700,00
– Motor: 1.6, 4 cilindros, 8V, flex
– Potência: 98 CV com gasolina e 106 CV com etanol, a 4.500 RPM
– Torque: 14,8 kgfm com gasolina e 15,8 kgfm com etanol, a 3.500 RPM
– Câmbio: manual com 5 marchas
– Consumo: Cidade: 12,5 km/l com gasolina
9,8 km/l com etanol
Estrada: 16,7 km/l com gasolina
12,4 km/l com etanol
Comparando os números acima, eu ao menos chego à conclusão que hoje não existe vantagem em se comprar um carro com motor 1.0 pois o teste realizado com os 4 carros 1.0 seguem o critério de piloto e equipamento de medição, em um autódromo, todos em condições iguais de tempo e temperatura.
Já com o Sandero Expression, os números de consumo foram aferidos por mim, durante alguns dias, onde transitei com o carro sempre em companhia de 1 ou mais adultos, com o ar condicionado ligado, em percursos na cidade de São Manuel, que para quem não conhece é localizada em um vale. E na estrada, foi aferido o consumo na Rodovia Marechal Rondon.
Esses números do Sandero foram apontados por seu computador de bordo, então muito mais precisos que os equipamentos utilizados nos testes acima dos outros veículos.
Mas, a fórmula para provar que realmente ter carro 1.0 é uma furada é simples: o próprio Sandero possui as motorizações 1.0 e 1.6 e na sua versão esportiva RS, o potente 2,0. Bem, voltando ao assunto, tanto com o motor 1.0 quanto com o 1.6, o Sandero e qualquer outro modelo que disponha das opções de motor possuem o mesmo peso de carroceria. Equipado com um motor 1.0, para desenvolver velocidades e transpor subidas, nós precisamos fazer uso de marchas pesadas (primeira e segunda, principalmente) sem contar que pisamos mais fundo no acelerador para obter mais potência.
Já com o motor 1.6, devido a sua maior potência, fazemos uso de menos acelerador, marchas leves e com isso o carro consegue carregar todo seu peso com mais facilidade. Trocando em miúdos, quando menos potência debaixo do capô, mais consumo e menos desempenho.
1° Etapa da Copa Moura de Velocross 2016
Neste final de semana, dias 3 e 4 de dezembro, será realizada no Recinto Mário Covas, localizado à frente do Complexo Poli Esportivo de São Manuel, a 1° Etapa da Copa Moura de Velocross 2016. A ideia foi desenvolvida pelos irmãos e pilotos, Luiz e Adilson Moura, campeões em várias categorias do MotoCross estadual e nacional, e consiste em divulgar o esporte, que anda esquecido em nossa região.
A programação do evento ficou assim:
Treinos livres dia 3 das 14h. até as 18h., e dia 4, das 9h. até as 11h30.
Provas dia 4 à partir das 13h. .
Categorias: MX 2
MX GOLD
NACIONAL LIVRE
NACIONAL AMADOR
INFANTIL ATÉ 15 ANOS
INTERMEDIÁRIA LIVRE
SENIOR OVER 35 ANOS
Será um evento inédito em nossa região. Compareçam e prestigiem.
“Uma tragédia que abalou o mundo!
Caros amigos e colegas da FOX SPORTS, familiares dos atletas do glorioso Chapecoense e de todos que estavam no vôo para Medelin. Hoje não foram perdidas apenas vidas e sim, seres humanos dignos, pais de familia, colegas de trabalho, amigos. Pessoas que nos farão muita falta, mas o que nos conforta um pouco é que estão desfrutando da companhia de Deus. Que o mesmo Deus que os recebeu hoje, acalente e conforte a todos que hoje choram suas perdas. Recebam os mais profundos sentimentos de toda equipe do Agência14News e da coluna Power Racing News.”
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Uma boa semana, automaníacos. Até a próxima.
“Tudo que se planta nessa vida, desde que plantado com honestidade, integridade e simplicidade dá frutos por toda uma vida.” Gandhi
Reinaldo dos Santos Filho mora em São Manuel/SP, tem 48 anos, é Administrador de Empresas, Consultor de TI, Escritor e ex-piloto e motociclista. Pai do Thiago, Guilherme e Giovanna.