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‘Não acho certo’, diz mãe que denunciou filme com cena de sexo exibido em escola de Botucatu

O Agência14News conversou com a mãe de um aluno, que estava na sala de aula, e assistiu a um filme com cenas de sexo, em Botucatu.

A mãe que pediu para não ter o nome mencionado na reportagem disse que o filme foi exibido pelo dia 11 de outubro em uma escola estadual a alunos da mesma classe com idade de 15 anos.

“Eu não tô entendendo o porquê de quererem enfiar isso em nossos filhos. Meus pais são gays, respeitamos muito a opção deles. E eles nunca nos faltaram com o respeito. No sentido de carícias e beijos, nunca vimos isso. Muito menos meus filhos. Não acho certo. Nunca vou achar”, disse. 

Em casa
“Esses dias minha filha de sete anos estava assistindo comigo um programa que reforma casas. Nele tinha um casal de gays que adotou uma criança e iam reformar sua casa. Minha filha me perguntou quem (dali) era a mulher e como eles fizeram para ter filho. Não soube como responder isso para ela. Me senti totalmente constrangida. Disse que os dois eram homens e que criavam a criança. Não era deles. Disse que ela entenderia (isso) quando crescesse mais”.

Agência14News – Na escola você entendeu como uma imposição o tema ou algo pesado para a idade?
Mãe do aluno – Sim. Mas mentiram para os alunos. Porque disseram que iam fazer outro tipo de aula. Aí na hora vieram com esse papo. 

Agência14NewsQual era o contexto da matéria?
Mãe do aluno – Se não me engano era aula de biologia com estagiários da Unesp. Quem passou o filme foi um estagiário que é gay. Eu entendi isso como se ele estivesse usando a ideologia para assediar os alunos.

Agência14NewsO que o seu filho achou e se sentiu com isso?
Mãe do aluno – Nunca vou aceitar que coloquem isso para meus filhos nem filhas. Ele disse que ficou muito constrangido. Mas não teve coragem de se levantar para sair da sala. Na escola isso é meio modinha. Alguns alunos não se importam. Mas outros também não gostaram. 

Agência14NewsEram cenas fortes?
Mãe do aluno – Na hora que ele chegou me contando estava almoçando. Perdi a fome. Liguei na escola. Quase pornô. Várias pessoas no grupo disseram que já haviam assistido e que realmente era muito pesado para se passar em uma escola. A hora que a coordenação disse que meu filho era muito crítico fiquei nervosa e (falei) que era opinião dele, e tinha que ser respeitada. Mas ela chegou a dizer que como mãe também não achava certo. 

Agência14NewsPor outro lado pessoas do LGBT e até alguns profissionais dizem que o tema deve ser debatido também na escola para melhorar aceitação e respeito, mas sem impor, o que acha disso?
Mãe do aluno –
Debater é diferente de colocar filmes quase pornográficos para as crianças assistirem. Não vejo sentido nenhum nisso. Existem filmes que falam do assunto que não tem cenas de sexo explícito e beijos, orgias. Não sou contra o debate. 

Agência14News – Nessa idade você acha que o tema deve ser debatido?
Mãe do aluno – Com menores de idade não. Não acho certo. 

Agência14News – Cabe à família essa educação?
Mãe do aluno – Acho que isso não é nem a família que vai ensinar e sim a vida. Não é a escola que deve preparar o aluno para a vida sexual. Jamais. A escola tem que preparar o aluno para mercado de trabalho. É a forma que penso.

Agência14News – Você pensa em fazer alguma denúncia formal?
Mãe do aluno – Se começarem a mexer com meu filho, sim. Se eu achar que ele está sofrendo alguma ameaça por parte da escola ou dos alunos vou fazer. Estou de olho. 

O Filme – THE NORMAL HEART
A sinopse do filme publicada por Igor Pinheiro no Ccine 10: “Ned Weeks (Mark Ruffalo) é um escritor e seu namorado de Felix (Matt Boomer) contrai o vírus da AIDS, fazendo com que ele se torne um grande ativista. Sua principal bandeira é mostrar para o mundo que a doença não deve ser vista como um “câncer gay”, ideia comprada pela médica cadeirante Emma Brokner (Julia Roberts), que passa a agitar a causa dentro da comunidade científica”. A classificação é a partir de 16 anos. A reportagem não viu o filme e o trailer mostra beijo entre homens.

O assunto continua em debate na Câmara Municipal. O vereador Abelardo tem aprofundado a discussão. Ou seja, questiona a partir de quando e se o tema de política e sexualidade pode até que ponto ser debatido na escola. O assunto deu muita repercussão nas redes sociais, principalmente nos últimos dias. 

Ana Paula Bassetto, assessora especial de assuntos de inclusão, quando perguntada na Rádio Municipalista sobre o assunto comentou que nada deve ser imposto, nem na escola ou pela família, e que esse assunto ao aparecer na vida da pessoa será esclarecido naturalmente na vida dos jovens. 

Uma audiência pública e pesquisas devem ser feitas para ampliarem as discussões na cidade. O vereador disse que irá visitar outras cidades que fizeram leis em torno do tema.

O PSOL de Botucatu tem divulgado nota considerando que limitar o tema em sala de aula é censura.

Sobre o assunto, a reportagem procurou a Secretaria Estadual da Educação que ainda não se manifestou oficialmente.

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(do Agência14News)

Redação 14 News

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