Artigo: Motoboy, motoqueiro, entregador ou o “vida-loka” é o representante de uma ocupação invisível que executará um nobre trabalho nessa quarentena. Serão os anjos que levarão alimentos ou medicamentos para aqueles que por algum motivo não podem sair de seus lares.
Dia a dia: com sol escaldante, chuva, granizo, neblina, frio e expostos a inúmeros germes (como o SARS-Covid-2) – esses profissionais estão a percorrer as ruas, estradas de terra ou rodovias, em meio ao trânsito caótico, mal sinalizado e violento. Uma profissão que para muitos não foi uma escolha, mas o que foi permitido no país das desigualdades sociais. Muitos trabalham informalmente e os poucos formalizados trabalham em condições precárias.
A nossa relação com esses profissionais é tão instável quanto suas condições de trabalho: varia de anjo, folgado ou cara sem juízo, que sai costurando o trânsito com sua buzina infernal. No entanto, em tempos de coronavírus, reconhecemos a assistência que esses profissionais prestarão para nossa sociedade – o disque entrega ou “delivery” será um dos antídotos contra o Covid-19 e contra a falência de muitas empresas.
Sendo assim, peço que todos os empregadores, contratantes de serviços terceirizados de delivery e clientes tenham o máximo de responsabilidade com o próximo, neste caso em particular, com o entregador.
Segue algumas orientações para os contratantes:
Todo entregador deve ser orientado sobre boas práticas.
É preciso orientar os entregadores sobre os modos de contágio do novo coronavírus.
Entregadores que apresentarem sintomas não devem trabalhar.
Disponibilize álcool em gel 70% para os seus entregadores, em embalagens que sejam fáceis de carregar.
É importante manter uniforme (se existir) e materiais limpos e higienizados de modo correto.
Converse com os entregadores sobre a necessidade de manter a calma e a gentileza na hora da entrega.
Informe sobre o cuidado redobrado ao fazer uma entrega para pessoas idosas, que são mais suscetíveis a complicações se contraírem a doença.
Combine com o cliente o pagamento online, se possível.
Coloque troco em um saquinho.
Maquininhas podem ser envelopadas com filme plástico a cada uso.
O box deve ser higienizado com detergente neutro e álcool 70% ou com solução clorada (composição: 1 colher de água sanitária para cada litro de água).
Higienize as mãos antes de pegar a mercadoria.
Não coloque o box no chão na hora da entrega.
Na entrega, toque a campainha e se afaste um metro do cliente.
Evite aperto de mãos ou contato físico.
Ao cobrar com a maquininha, coloque em cima do box e higienize as mãos depois.
Para fazer outra entrega higienize as mãos com álcool em gel 70%.
Ao retornar para o estabelecimento faça a higienização do box por dentro.
No fim da jornada, higienize por dentro e por fora.
Manter a moto sempre limpa e higienizada.
OBS: As recomendações foram retiradas do E-book da Abrasel.
Por Patricia Shimabuku – ativista socioambiental.
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