A Prefeitura de Botucatu, através da Defesa Civil, GCM e Secretaria Adjunta de Turismo, em parceria com o Corpo de Bombeiros, COMUTUR e amigos colaboradores, criou uma nova estratégia de prevenção a “cabeça d’água”, uma sinalização específica.
Como ainda não havia sinalização no Brasil ou outros países específica sobre cabeça d’água, após pesquisas, este grupo com o apoio de uma empresa de marketing da cidade, criou duas placas que irão informar respectivamente a identificação do local de perigo e o procedimento a ser tomado para evitar acidentes.
Cinco locais suscetíveis à ocorrência deste fenômeno receberão esta sinalização em Botucatu: Rio da Bocaina, Rio da Indiana, Rio do Capivarinha, Cachoeira da Marta e Cachoeira da Pavuna.
A atividade está inserida nas ações de prevenção a afogamentos da Operação Viva Verão, que vem sendo desenvolvida há 9 anos pela Estação de Bombeiros de Botucatu (5SGB- 15GB).
Cabeça d’água é o rápido aumento do volume e da velocidade de água em rio que se transforma em uma forte correnteza.
“É uma enchente que aparece de repente. Tecnicamente é um fenômeno meteorológico, que ocorre quando cai uma chuva volumosa em partes superiores ou próximo à nascente de um rio (“cabeceira” do rio) ou ao longo do curso d’água. Surge principalmente em rios que têm cachoeiras ou estão localizados em regiões serranas, que possuem declives como fatores favoráveis que aceleram o escoamento da água pela superfície do solo, fazendo com que cheguem mais rápido nos canais fluviais”, afirmou Lucas Trombaco, coordenador da Defesa Civil de Botucatu.
A permeabilidade do solo, a amplitude do relevo, a forma da bacia de drenagem, as chuvas em dias antecedentes e o nível de saturação de água do solo também influenciam diretamente neste fenômeno. Vale ressaltar que as ações humanas tendem a intensificar a grandeza desse fenômeno ou até mesmo fazê-lo aparecer em áreas que antes não existiam, já que elas interferem na forma, volume e intensidade do escoamento das águas para o rio.
Este aumento extremo de água no leito do rio extravasa além de suas margens e é capaz de arrastar árvores, veículos, galhos, objetos, animais e pessoas. As cabeças d’água ocorrem principalmente no verão, quando as chuvas são mais fortes.
Geralmente, no local onde a forte correnteza terá mais força nem sempre estará chovendo, podendo haver até sol. A chuva que ocorreu horas ou dias antes vai se acumulando gradativamente em direção à parte mais baixa do terreno, que é o leito do rio, até chegar o momento em que todo esse volume se acumula e toma proporções assustadoras, como se fosse um “tsunami”.
Cabeça D’água e Tromba d’água, qual a diferença?
A Tromba d’água geralmente ocorre no mar ou rio de grande superfície . É também um fenômeno meteorológico que consiste na formação de uma coluna giratória da união entre o vento e o vapor de água. Se parece com um funil ou com uma “tromba” de elefante. Raramente provoca destruição e a sua duração é pequena, não mais que apenas cinco minutos.
Veja os primeiros sinais para identificar a aproximação de uma cabeça d’água.
- Aumento repentino no volume e força da água;
- Mudança de cor da água, ficando mais suja e barrenta;
- Presença de detritos como galhos e folhas na água;
- Volume de som alto vindo do alto do rio.
Para sua segurança, seguem algumas dicas para evitar este acidente:
- Realize um planejamento da sua diversão;
- Não vá sozinho e sim na presença de guia turístico regional;
- Pesquise sobre a ocorrência de cabeça d’água nesta região;
- Verifique sobre as condições meteorológicas recentes;
- Fique atento à presença de nuvens carregadas na parte alta do rio;
-Observe o ambiente à sua volta assim que chegar; - Fique e permaneça em local seguro;
- Trace uma rota de fuga antecipadamente;
- Em caso de qualquer anormalidade, se afaste da margem e vá para um local mais alto.
- Avise à todos que estiverem à sua volta para saírem também.
(As imagens do logotipo das placas estão disponíveis gratuitamente para os demais municípios ou quem quiser reproduzir).