Mauro Dias, pesquisador do direito da criança e do adolescente, falou com a reportagem do 14News sobre a prevenção ao suicídio.
O problema, apesar de registrar recuo na escala mundial, teve aumento de 43% no Brasil, entre 2000 e 2019, segundo aponta o estudo recém publicado na The Lancet Regional Health – Americas, desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) em colaboração com pesquisadores de Harvard.
Mauro defende que as ações precisam ser articuladas com políticas não somente da saúde, mas com outras áreas como da educação e assistência social.
Ele cita em seu artigo recente baseado em pesquisadores mundiais que a realidade da desproteção social, como preconceito, violências, isolamento e desigualdade, assim como os transtornos mentais, tornam-se fatores de risco, compondo a complexa trama de causas possíveis do comportamento suicida.
O seu trabalho tem percorrido o Brasil com estratégias interligadas com os grupos de serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (SCFV), da Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) – oferecido em todos os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e o Serviço de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) – voltado para famílias e pessoas que estão em situação de risco social ou tiveram direitos violados.
“O suicídio não é somente um fenômeno individual, psíquico, mas multifatorial, que tem muito a ver com questões familiares, territoriais e do momento em que vivemos. Estudos mostram que ações articuladas de rede com políticas de educação e assistência social são muito mais eficientes do que ações isoladas”, comenta.
Suas palestras mágicas, uma bandeira de seu trabalho, contam com interações lúdicas. O atendimento passa por organizações e empresas.
” Já sabemos que o suicídio é um problema de saúde pública, mas infelizmente ainda tratamos o assunto como um tabu, precisamos falar abertamente sobre o tema, para que o problema não fique restrito ao indivíduo que quer tirar a própria vida, nem aos seus familiares, mas que ele compreenda que existe uma rede de apoio que ele pode contar”, comenta o mágico-conferencista.
Estudos indicam que 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados, por isso, as palestras mágicas abordam cuidadosamente o assunto com um show interativo estrategicamente elaborado para conscientizar o público sobre a importância de procurar ajuda e também que as pessoas saibam identificar um sinal de alerta, passem a ouvir com empatia – e quando necessário – façam o encaminhamento a serviços especializados de saúde.
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