O Governo Estadual realiza coletiva de imprensa com anúncios e atualização do Plano São Paulo.
São Paulo registra hoje um óbito a cada 6 minutos. A situação pede limitação de atividades.
Regionais como de Bauru ficaram na fase vermelha, onde não se pode abrir o comércio e somente serão mantidos os serviços essenciais como supermercados, drogarias, postos de combustíveis, por exemplo.
O Governador João Doria anunciou novas restrições para conter o aumento de casos, internações e mortes em decorrência do coronavírus
A partir de segunda-feira (25), as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté estarão na fase vermelha do Plano São Paulo, com fechamento de comércios e serviços não essenciais. As demais, incluindo a Grande São Paulo, ficarão na etapa laranja, mas com restrições da vermelha em dias úteis, após as 20h, e integralmente aos finais de semana e feriados.
As medidas vão vigorar até o dia 7 de fevereiro. Até lá, nenhuma região poderá avançar às fases amarela e verde, as mais flexíveis em relação ao atendimento presencial. “Antes que milhões de brasileiros possam ser vacinados, todos nós precisamos lidar com a dura realidade que a pandemia nos impõe neste momento”, afirmou o Governador João Doria.
“Uma segunda onda de coronavírus atingiu o mundo e seus efeitos também atingiram o Brasil e o estado de São Paulo. O aumento no número de casos, internações e óbitos é extremamente preocupante”, acrescentou Doria. “É a ciência, a saúde e a medicina que determinam os caminhos que temos a seguir para proteger vidas.”
As medidas foram recomendadas por cientistas e médicos do Centro de Contingência do coronavírus. O grupo de especialistas orienta e aconselha as autoridades estaduais com base em índices epidemiológicos e hospitalares desde a confirmação do primeiro caso no Brasil, há quase 11 meses.
O Governo do Estado e o comitê de saúde voltaram a pedir a colaboração de toda a sociedade para reforçar o distanciamento social e evitar aglomerações ou reuniões sociais, além de uso obrigatório de máscaras em locais de acesso público e higiene frequente das mãos. O novo mapa mostra 78% da população de São Paulo na fase laranja e 22% na etapa vermelha.
A fase mais rígida só permite o funcionamento normal em setores essenciais como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria. Demais comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.
Já na etapa laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.
A venda de bebidas alcoólicas no comércio varejista só pode ocorrer entre 6h e 20h. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que essa comercialização poderá voltar a ser feita sem as restrições atuais.
As regiões na fase laranja a partir do dia 25 são Grande São Paulo e as regiões de Araçatuba, Araraquara, Baixada Santista, Campinas, Piracicaba, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista e São José do Rio Preto.
Todos os protocolos sanitários e de segurança para os setores econômicos estão disponíveis no site saopaulo.sp.gov.br/planosp e devem ser cumpridos com rigor. Prefeituras que se recusarem a seguir as normas estabelecidas pelo Governo do Estado ficam sujeitas a sanções judiciais.
Dados da pandemia
Com os dados epidemiológicos semanais divulgados nesta sexta (22), a média estadual passou de 287,9 para 348,6 novos casos a cada 100 mil habitantes. A taxa de novas internações subiu de 49,3 para 54,1 a cada 100 mil habitantes, e as mortes foram de 5,8 para 7,1 a cada 100 mil habitantes. A aceleração no contágio preocupa o Centro de Contingência, que reforçou o alerta aos 46 milhões de habitantes de São Paulo.
“O cenário para os próximos dias não é tranquilizador, muito pelo contrário, são sombrios. Nós temos risco em São Paulo, se não tomarmos as medidas necessárias, de em pouco tempo termos dificuldade de oferecer leitos de UTI para pessoas que necessitem de tratamento”, declarou João Gabbardo Coordenador Executivo do Centro de Contingência. “São Paulo apresenta um óbito a cada seis minutos. O tempo que demorarmos para tomar as medidas necessárias vai significar óbitos nesta velocidade.”
A pressão sobre o sistema hospitalar é preocupante. A média de ocupação de leitos de UTI por pacientes graves de COVID-19 passou de 67,5% para 71,1%, com 18,9 vagas exclusivas para coronavírus a cada 100 mil habitantes. Assim, o Governo do Estado endureceu o parâmetro de ocupação UTI COVID-19 de 80% para 75% para a fase vermelha e também cancelou a realização de cirurgias eletivas.
Sem as medidas mais restritivas e com o atual ritmo de internações em UTI, em 28 dias o sistema de atendimento hospitalar para pacientes graves com COVID-19 poderia se esgotar. Nesta sexta (22), a Secretaria de Estado da Saúde anunciou a ampliação de 756 leitos para pacientes infectados pelo coronavírus em todo o estado, sendo 450 de enfermaria e 306 de UTI.
O resumo com as informações sobre a reclassificação do Plano São Paulo e os indicadores epidemiológicos e de capacidade hospitalar de cada região estão disponíveis no link
https://issuu.com/governosp/docs/20210121_coletiva_vf2
Governo de SP abre 756 novos leitos e reativa hospital de campanha de Heliópolis para enfrentar segunda onda da pandemia
O Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (22) a ativação de 756 leitos em hospitais estaduais e a retomada do hospital de campanha na estrutura interna do prédio do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Barradas, localizado em Heliópolis, zona Sul da Capital, que volta a operar com 24 leitos de UTI.
“Esse conjunto de medidas vai reforçar o sistema de saúde e garantir o atendimento a todos. São medidas necessárias enquanto não temos a quantidade de vacinas necessárias para imunizar todos os brasileiros. Por enquanto, apenas a vacina do Butantan está garantindo a imunização dos profissionais de saúde que estão na linha de frente contra a pandemia”, disse o Governador João Doria.
A medida anunciada pelo Governador tem o objetivo de reforçar o sistema de saúde e garantir leitos para assistir casos graves de coronavírus em todo o Estado. Nos hospitais estaduais serão abertos 306 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) COVID-19 e outros 450 de enfermaria.
A maior preocupação é o avanço rápido da doença no Estado, que já registra aumento de 42% no número de novos casos e de 39% de óbitos de COVID-19 nos 21 dias deste mês de janeiro, em comparação ao mesmo período de dezembro. As taxas de ocupação hospitalar permanecem em ascensão. Neste ano, já saltaram mais de oito pontos percentuais no Estado, saltando da faixa de 62% para mais de 70%.
A ampliação da rede é fruto de análise técnica e planejamento da Secretaria de Estado da Saúde com base no monitoramento do cenário da COVID-19, visando assegurar atendimento igualitário à população.
“Estamos monitorando diariamente a situação na região e em todo o Estado, cientes de que precisamos agir rapidamente para que a rede hospitalar possa enfrentar o recrudescimento da pandemia. Diante do cenário epidemiológico da COVID-19 em todo o mundo, decidimos ampliar leitos nos nossos serviços de referência para assegurar atendimento a todos que precisarem”, afirma o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.