Dois réus julgados nesta quinta-feira (06), no Fórum de Botucatu, foram condenados por terem ferido um autônomo, na cidade de Pardinho, crime cometido no dia 29 de maio de 2010. Um terceiro foi absolvido por falta de provas.
O crime de tentativa de homicídio foi desclassificado para lesão corporal, que tem prazo menor para prescrever, então as penas aplicadas a eles – de cerca de 1 ano cada um – ficaram inválidas.
A briga que terminou em facadas ocorreu, segundo consta no processo, quando o autônomo Wellington Santos, morador da Rua Ermelinda Conceição, em Pardinho, estava com um carro, e teria esbarrado no braço de um dos réus que estava bebendo na calçada. Por conta disso todos foram tirar satisfação com ele.
Na frente de sua casa, o motorista do carro teria sido interpelado pelo grupo de amigos, e na discussão, dado tapa na cara de um dos rapazes que estavam na rua. Depois, por conta da confusão, ele teria buscado uma faca, lutado com um dos homens que se defendeu, quando foi desarmado e atingido com várias facadas.
Fraco, ficou de joelhos, caído na rua, quando os suspeitos fugiram. Em seguida, o homem ferido pediu ajuda para a esposa em casa. A vítima negou que estivesse com faca e que bateu com o carro nas pessoas.
O caso inicialmente foi denunciado como tentativa de homicídio. Mas durante os debates no júri percebeu-se que nos depoimentos prestados à polícia, nas audiências anteriores e agora no júri, nenhuma tinha a mesma história. Assim, a defesa foi ganhando força e a desclassificação para o crime de lesão corporal foi o resultado final do julgamento.
Trabalharam na defesa os advogados Edson Coneglian, Carlos Carmelo Torres e Claudio Bueno da Rocha. Na acusação, a atuação foi do promotor Marcos José de Freitas Corvino e a presidência do júri foi realizada pelo juiz Henrique Alves Corrêa Iatarola.
Sete jurados escolhidos entre as pessoas da sociedade foram os que deram o voto para a sentença ser proferida após 7 horas de trabalhos.
Os julgados condenados com o crime prescrevendo foram: Cassio de Assis (o Pipoca), e Diego Alves, ambos de 27 anos, que moram na mesma rua da casa da vitima.
(Do Agência14News)