26 de abril de 2024
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Analista de sistemas que tem parentes em Botucatu conta sobre temor de furação nos Estados Unidos

“Aqui é o Marcelo Henrique Potiens, sou analista de sistemas, trabalho na empresa de tecnologia Oracle há 17 anos, e gostaria de compartilhar uma experiência nova que estamos passando. A história começou há exatamente um ano, no dia 6 de outubro de 2015, data que eu, minha esposa Marcia, minhas filhas Giovana e Amanda, mudamos de Araraquara-SP para Orlando nos Estados Unidos.

No semana passada ouvimos pela primeira vez o nome Matthew, uma tempestade tropical que virou furacão categoria 1 no Mar do Caribe ao norte da Venezuela. Abro parêntesis aqui pra explicar que um furacão é classificado por categoria de 1 a 5, sendo 5 o mais forte. Os nomes dos furacões aqui nos EUA são definidos com antecedência e seguem uma ordem alfabética podendo até serem reutilizados a cada 6 anos, mas isso é uma outra história. O Matthew logo cresceu e mudou para categoria 2, 3, 4, e no dia primeiro de outubro se tornou categoria 5, igual ao famoso Katrina que causou muitas mortes e destruição por onde passou em 2005.

Na terça-feira dia 4 o Mattew passou pelo Haiti como categoria 4 e causou muitos problemas com seus ventos de 145 milhas por hora, algo em torno de 230 quilômetros por hora. O Matthew ficou famoso, estava a todo momento nos noticiários da TV e a mensagem era para se preparar pois ele estava a caminho da Flórida. Em uma situação destas pode haver cortes de água e energia. Fomos então ao mercado e para nossa surpresa não havia mais água para vender. Fomos para outro mercado e também não havia mais água, e ainda pior, as prateleiras de pães, bolachas, comidas prontas e enlatadas normalmente enormes e cheias já estavam vazias. Os mercados normalmente vazios estavam lotados com filas enormes nos caixas. Também não havia mais gas de cozinha para vender.

Confesso que comecei a ficar preocupado. Passamos em frente aos postos de combustíveis e era impossível entrar, filas enormes formadas para abastecer o carro. A preocupação aumentou! Bom, depois de andar muito minha filha conseguiu encontrar água e conseguimos comprar os mantimentos básicos necessários para alguns dias. Hoje não fui trabalhar, as escolas estão fechadas, e até os parques temáticos que funcionam 365 dias por ano resolveram fechar as portas por dois dias. Dia de recolher tudo para dentro de casa, encher as banheiras com água, separar documentos em sacos plásticos, fazer uma mala com umas trocas de roupas caso seja necessário uma evacuação rápida, montar acampamento em um cômodo da casa longe de janelas e curtir a família. Dizem que o barulho é assustador mas isso eu posso contar depois daqui alguns dias.

Nossa sorte é que temos muitos amigos aqui e passamos o dia trocando informações e nos preparando. No momento, está chovendo, mas tudo dentro do normal sem ventos fortes. A previsão é que o Matthew fique pelo oceano Atlântico e não entre no continente e que os ventos mais fortes não cheguem até Orlando, mas já aprendemos um ditado que diz: “Hope for the best and prepare for the worst” que em tradução livre significa “Espere pelo melhor mas prepare-se para o pior”. Estamos preparados e esperando que ele passe longe e não cause grandes destruições e mortes como já causou por onde passou nas ilhas do Caribe. Neste momento, quinta-feira dia 6 de outubro, às 7h da noite, ele está passando próximo a Miami. A previsão é que o Mattew passe próximo a Cabo Canaveral no litoral mais ou menos umas 40 milhas de Orlando amanhã, sexta-feira, após o meio-dia, como categoria 4, que é muito destrutivo.

Amanhã será um dia diferente de tudo que já imaginamos, mas estamos preparados e confiantes! Um grande abraço!

** Marcelo Henrique Potiens é analista de sistemas e tem parentes em Botucatu.

Redação 14 News

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