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Projetos da Fatec Social auxiliam instituições carentes de Jaú

Os alunos do curso de graduação tecnológica de Gestão da Produção Industrial da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) de Jaú realizam um projeto solidário com objetivo de atender a instituições de apoio a pessoas com deficiências.
Trata-se do Fatec Social, criado em 2013, que visa suprir a falta de equipamentos adequados na região a portadores de deficiência física, visual ou intelectual e também a autistas de vários graus.
 
A ideia surgiu quando o professor da disciplina de projeto de produto Flavio Cardoso Ventura foi a uma palestra na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Jaú, em 2012. Lá ficou sabendo das necessidades de aparelhos ortopédicos, jogos e outros equipamentos que auxiliassem entidades carentes. Ofereceu então, ajuda para desenvolver e fabricar essas peças em conjunto com os estudantes, como parte das atividades pedagógicas.
 
“Procurei mostrar aos alunos que o atendimento à comunidade requer um trabalho de preparação: aulas práticas, teóricas, palestras e muita pesquisa, de acordo com o tema e a instituição que eles escolhem ajudar”, comenta Ventura.
 
A primeira parceria foi firmada no primeiro semestre de 2013 com a Apae de Jaú. Posteriormente outras instituições foram beneficiadas, como o Abrigo de Idosos São Lourenço, Apae de Igaraçu de Tietê, Academia do Bill, uma escola de natação para crianças deficientes. Neste ano a lista cresceu. Foram incluídos a Casa da Criança de Barra Bonita, o Hospital Amaral Carvalho (HAC), a Escola dos Autista e a Associação e Movimento de Assistência ao Indivíduo Deficiente (Amai).
 
Para esclarecer os tipos de deficiência e necessidades especiais de cada entidade, a Fatec organiza palestra com representantes das instituições. Desses encontros resultam informações que possibilitam aos alunos escolherem com quem desejam trabalhar. O passo seguinte é agendar uma visita técnica ao local selecionado para levantar, por meio de conversa e observação dos futuros usuários, propostas de dispositivos para melhorar a vida destas pessoas.
 
Conheça dois dos projetos desenvolvidos pelo Fatec Social, que estão em fase de testes nas instituições beneficiadas:
 
Cadeira para crianças autistas
 
Os alunos Diarlison Ferreira, Débora Suzan de Almeida e Odair Augusto Totino desenvolveram a Cadeira Adaptada pensando em atender às necessidades das crianças da Escola dos Autistas de Jaú. A instituição já havia solicitado ajuda ao professor Ventura por três motivos: o custo da peça é alto e as utilizadas na unidade têm adaptação improvisada ou estão em más condições de uso.
 
O trabalho começou com um estudo sobre as funções e especificações que a cadeira deveria atender e também com uma pesquisa de produtos similares no mercado. Foram tiradas medidas de crianças com idade entre 6 e 12 anos para confeccionar um modelo adequado, seguro e confortável a cada usuário.
 
“A cadeira é totalmente ajustável. É possível regular o cinto de segurança do encosto de acordo com a altura ou peso da criança”, comenta Odair. O equipamento é versátil. Pode ser utilizado na sala de aula, em eventos e na hora da alimentação, por exemplo. “Foi gratificante realizar o projeto. Saímos de um mundo só nosso e passamos a querer ajudar e enxergar as necessidades do outro”, conclui.
 
Todas as etapas de criação – projeto, prototipagem e confecção do produto – foram realizadas pelos alunos, que contaram com o apoio de duas empresas: a Facitec, loja de móveis para escritório, que contribuiu com a base da cadeira, e a Tapeçaria São Luiz, que cedeu o revestimento.
 
Circuito Sensorial
 
Após uma palestra sobre a importância dos brinquedos no aprendizado de crianças com deficiência intelectual, os alunos Ailton D. de Figueiredo, Mirelle F. Medeiros e Murilo Júlio Lima decidiram desenvolver o Circuito Sensorial, que tem como objetivo estimular os sentidos e a curiosidade dos pacientes da Apae de Jaú. A proposta visa, ainda, auxiliar no desenvolvimento cognitivo, habilidades motoras, atenção e concentração.
 
Esse resultado é alcançado pelo exercício do toque, que os pequenos praticam ao apalpar brinquedos e texturas diferentes, presentes no ambiente do Circuito Sensorial. O projeto é destinado a crianças de até 5 anos, com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, síndrome de Down, encefalopatia crônica não progressiva, baixa visão e também a autistas.
 
Na visita à instituição, onde observaram a rotina e os recursos disponíveis, os estudantes puderam conversar com a terapeuta da Apae, Rebeca Alves, que esclareceu as dúvidas do grupo e forneceu informações importantes para o projeto.  “O professor e a terapeuta nos auxiliaram com críticas e sugestões durante o processo de criação”, lembra Murilo.
 
Os alunos receberam, ainda, ajuda do encanador Marcos Medeiros, pai de Mirelle, uma das integrantes da equipe, pois não tinham experiência em trabalhar com canos de PVC, componente principal da estrutura do brinquedo. Três empresas do município doaram matérias-primas para a produção da peça: Pascano, GF Materiais para Construção e Casa Peccioli.
“Realizar esse projeto foi prazeroso e ao mesmo tempo desafiador, pois todos trabalhavam e precisavam administrar o tempo. Porém, a recompensa veio quando fizemos os testes finais com as minhas sobrinhas e vimos que elas amaram. Era um sinal de que as crianças da Apae também iriam gostar”, declara Mirelle.
 
 
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(com Assessoria de Imprensa)
Redação 14 News

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