Uma operação da Polícia Civil apreendeu mais de meia tonelada de carne imprópria para o consumo em um sítio de Taguaí, região de Avaré. Foram encontradas duas carcaças de bovino, com peso aproximado de 180 quilos, e 10 carcaças suínas, pesando 550 quilos.
O local era utilizado como abatedouro clandestino e não tinha as mínimas condições de higiene nem autorização dos órgãos sanitários e municipais para funcionar. Havia denúncias de que a carne abastecia açougues e até supermercados do município.
De acordo com a Polícia Civil, as condições do matadouro eram as piores possíveis. “As carcaças de boi estavam penduradas a céu aberto, enquanto que as suínas estavam guardadas numa casa, tudo sem refrigeração. Havia muitos insetos, sujeira e odor forte”, explicou o investigador Paulo Cézar de Souza.
Foi encontrado um chiqueiro no local e uma banheira com água quente onde os porcos eram mergulhados para a retirada dos pelos. Também foram localizados e apreendidos instrumentos utilizados no abate dos animais, como facas, afiadores, ganchos, serra elétrica, entre outros.
Os policiais encontraram peças de couro bovino conservados em solução salina, o que indica que o abate dos animais vinha ocorrendo com frequência no local. Ainda segundo os policiais, as vísceras e outros resíduos eram despejados irregularmente em uma vala com ligação a um córrego que é afluente do Ribeirão Fartura. Nesse mesmo local também eram destinadas as fezes e a urina retirados do chiqueiro.
Dois homens que realizavam o abate no momento da chegada dos policiais foram presos em flagrante. J. B. R. S., de 59 anos, conhecido como Leleco, e M. M. C. de 42, foram conduzidos à Delegacia e posteriormente encaminhados à Unidade Transitória de Presos de Piraju. Ambos vão responder por crime ambiental, crime contra as relações de consumo, crime contra a ordem tributária e econômica.
Foram acionadas a Vigilância Sanitária Municipal, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária de Piraju, a Polícia Ambiental e o Instituto de Criminalística em Avaré. As carcaças apreendidas foram destinadas pela Vigilância Sanitária a uma empresa privada especializada na coleta e destinação de restos de animais bovinos. (Investigador Chefe).
