O Prefeito de Bauru (SP), Clodoaldo Gazzetta e o secretário de Saúde, José Eduardo Fogolin, receberam o pesquisador e PhD Jeffrey C. Luvall da NASA (Agência Espacial Americana) e o Professor Dr. Raul Borges Guimarães, da Unesp Presidente Prudente.
Os visitantes foram conhecer o projeto piloto “Encoleiramento Inverso”, que tenta combater a Leishmaniose Visceral Americana em cães como alternativa à eutanásia e que está sendo desenvolvido pela Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde.
Também participou da visita o diretor do Departamento de Saúde Coletiva, Mario Ramos, o Diretor do Centro de Controle de Zoonoses, Luiz Ricardo Paes de Barros Cortez, autor da pesquisa, a geógrafa e doutoranda da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UNESP de Presidente Prudente, Patrícia Matsumoto e representantes do Instituto Adolf Lutz de São Paulo e Bauru, da Unesp de Presidente Prudente, das secretarias municipais do Meio Ambiente e de Saúde.
O projeto de pesquisa “Encoleiramento Inverso” é pioneiro no país e foi aprovado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, parceira da pesquisa, e pelo Instituto Adolf Lutz.
O projeto está sendo desenvolvido no Núcleo Isaura Pitta Garms, Parque Giansante e Chácara São João e pretende ser uma nova estratégia de controle da leishmaniose visceral americana na cidade utilizando coleiras impregnadas com deltametrina como alternativa para evitar a eutanásia de cães. “Escolhemos estes dois bairros para serem trabalhados de formas diferentes por apresentarem características semelhantes, são afastados, possuem população canina grande e estão em região de mata”, informa Luiz Cortez.
Os cães que estão sendo diagnosticados portadores da Leishmaniose Visceral Americana, e que não estão apresentando sintomas da doença, recebem uma coleira e são monitorados pelos agentes do Controle de Zoonoses. O projeto tem a duração de um ano. Os dados científicos coletados neste período, caso sejam considerados positivos, serão encaminhados ao Ministério da Saúde, como proposta de alternativa para o combate da Leishmaniose.
“Hoje o método de combate a Leishmaniose, que é a eutanásia, não está se mostrando eficaz. O que contribui para isso é que o modo de ver os cães pelos proprietários mudou, e ele passou a ser considerado um membro da família, o que causa a recusa da eutanásia. Com essa pesquisa buscamos dados científicos de que a coleira pode evitar que o mosquito pique o animal. Esta pesquisa está sendo bem aceita pela população porque vem de encontro aos anseios dos proprietários e a ética do bem-estar animal”, explica o Diretor do Centro de Controle de Zoonoses.
Curta o Facebook do Agência14News e fique por dentro das notícias de Botucatu e região: www.facebook.com/agencia14news
(com Assessoria de Imprensa)