A lista de 54 projetos selecionados no 4º Ciclo de Análise do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) de 2017 foi divulgada nesta terça-feira (12) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Assim, o Pipe encerrou todos os ciclos de análises do ano passado com um total de 207 propostas aprovadas para as fases 1 e 2. A relação dos projetos selecionados está disponível na internet.
As empresas escolhidas contam com recursos da Fapesp para testar a viabilidade técnica de uma ideia (Fase 1) ou desenvolver um produto (Fase 2). Vale destacar que diversas companhias aprovadas na última chamada de 2017 contarão com o apoio da fundação para desenvolver soluções de internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (AI).
As propostas lidam com soluções em vários ramos de atuação. Um dos exemplos é o projeto liderado por Boris Rotter, a ser desenvolvido por empresa em fase de constituição, em São Paulo, que usará sensores e algoritmos para analisar a vibração e ruídos de máquinas agrícolas de plantio e colheita. O objetivo é prever falhas em motores.
Oriunda de Marília, no interior paulista, a Stratelli Inteligência Estratégica associará a inteligência artificial a aprendizado de máquina para a análise de boletins de ocorrência. Segundo o representante do projeto Leonardo Castro Botega, a ideia é identificar situações e mapear informações relacionadas ao crime, de modo a gerenciar riscos.
Saúde
Na área de Saúde, a Biolambda Científica e Comercial busca desenvolver um equipamento para aplicação de fototerapia no tratamento de tumores, processos inflamatórios, entre outros, com pagamento sob demanda. “O usuário paga por uso”, revela Caetano Padial Sabino, que representa o projeto.
A lista de propostas engloba desde sistemas de gestão nutricional na produção de ovinos até plataforma para a criação de tatuagem em realidade aumentada. Também fazem parte do programa um projeto sobre dosador de vinho que utiliza gás neutro para aumentar a durabilidade da bebida, mantendo aroma e sabor.
Algumas das empresas selecionadas já contaram com o Pipe para a execução de projetos de pesquisa. Trata-se do caso da MRA Indústria de Equipamentos Eletrônicos, de Ribeirão Preto. Com recursos do programa da Fapesp, a companhia desenvolveu sondas cirúrgicas radioguiadas e calibradores de dose utilizados em medicina nuclear, entre outros projetos.
A empresa capacitou a equipe para a produção de sistemas de monitores de radiação ionizante e, agora, com mais de 100 funcionários, terá auxílio para desenvolver um detector para dosimetrias pessoal e médica.
De acordo com o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, os objetivos do Pipe são apoiar o desenvolvimento de projetos de pesquisa, aumentar a competitividade e criar uma cultura de inovação permanente em empresas com até 250 funcionários. “Nossa expectativa é de que os projetos sejam ambiciosos mundialmente”, explica.
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(com Assessoria de Imprensa)