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Ex-aluno do Senac Botucatu conquista gerência na área de TI nos Estados Unidos

Por ano, mais de 20 mil brasileiros deixam o país para viver no exterior, segundo dados da Receita Federal. Essa movimentação é motivada, principalmente, pelo sonho de se construir uma carreira internacional. Foi o que fez João Olívi o Vicentini Junior, 31 anos, mudar-se para Minnesota, nos Estados Unidos, para trabalhar como engenheiro de sistemas em uma empresa do setor de saúde, com mais de 30 mil funcionários, onde gerencia 1.500 servidores e equipamentos de rede para garantir o funcionamento contínuo dos computadores, a conectividade e a qualidade dos serviços oferecidos. “Em síntese, eu acompanho, implemento e monitoro as tecnologias e sistemas de informação. Todo o trabalho é realizado com uma equipe de 100 pessoas.”

Para João, morar em Pardinho, com uma população estimada em 6.360 habitantes, a 23 quilômetros de Botucatu, não foi obstáculo para conseguir o que queria. Viajava todos os dias para fazer o cursoTécnico em Informática, em 2004. Com 16 anos, já era apaixonado pelo universo dos computadores. 

Constatou que estava no caminho certo logo de cara. No início do curso, ficou empolgado quando conheceu com mais detalhes o conteúdo programático. Aprenderia sobre as principais vertentes da tecnologia da informação – montagem e manutenção de computadores; redes; desenvolvimento de software e desenvolvimento web. “Já tinha feito outros cursos na área, mas nada muito aprofundado como o do Senac”, lembra.

Enquanto estudava à noite no Senac, João trabalhava durante o dia. Era uma rotina bastante atribulada. Consertava computadores de vizinhos e conhecidos na sua cidade. Saía de casa no fim da tarde, em Pardinho, para pegar o ônibus às 18 horas, a caminho de Botucatu; aproximadamente meia hora de viagem. “Chegava sempre em cima da hora para assistir às aulas; retornava para casa por volta da meia noite. Nunca encarei como um sacrifício. Foram dois anos nesse corre-corre, que valeram a pena; e se faltei umas cinco vezes, foi muito.”

O esforço, a dedicação e o conhecimento adquirido durante o curso chamaram a atenção do coordenador da área de TI do Senac, que convidou João para dar aulas na unidade. Ele estava com 18 anos e já encarou a turma do cursoFormação em Hardware, oferta presente até hoje no portfólio da instituição. “Acho que o meu constante interesse em querer aprender cada vez mais e as minhas apresentações em sala de aula contribuíram para eu receber o convite para trabalhar no Senac. Os meus colegas eram tímidos e evitavam falar em público, eu nunca tive esse problema e acabava ficando com essa tarefa. O que me beneficiou. Pude mostrar o meu poten cial, e fui reconhecido.”

Durante os quatro anos que trabalhou no Senac, João continuou a investir em novos conhecimentos. Fez Informática com Ênfase em Gestão de Negócios, na Fatec Botucatu e, também, alguns cursos da Microsoft no Senac São Paulo, custeados pela própria instituição, que lhe renderam quatro certificações importantes na área de TI: Microsoft MCSA; IBM IT Specialist; ITIL e VMware. 

João explica que as certificações foram um diferencial. “Como existem muitos especialistas no mercado, a única forma da empresa saber se o profissional tem vivência e conhecimento avançado sobre uma tecnologia, é por meio desse selo. O Senac ter investido na minha capacitação mostra o quanto é uma instituição comprometida com o sucesso de seus alunos e profissionais.”

Mas a busca por mais qualificação não parou por aí. João queria ampliar ainda mais seus horizontes. Decidiu encerrar o contrato de trabalho com o Senac, em 2010, para fazer um intercâmbio na Europa, na Irlanda. “Sabia que estava me arriscando, mas tinha a certeza de que sem o inglês não conseguiria alçar novos cargos. Fiquei um ano lá e tive a oportunidade de conhecer 12 países.”

João voltou ao Brasil em fevereiro de 2011 e, ao fazer uma visita à unidade de Botucatu para rever os amigos, conheceu Amália, com quem se casará em setembro. Mas antes disso muita coisa rolou. Ela foi fazer um intercâmbio em Minnesota, nos Estados Unidos, enquanto ele trabalhou durante quatro anos na IBM, em Hortolândia, no interior paulista, como administrador de sistemas e depois como engenheiro de sistemas sênior. Em uma das viagens a trabalho, visitou Amália. “Não demorou muito para começarmos a namorar. Como o intercâmbio dela demorou mais que o previsto, pedi demissão e fui encontrá-la.”

Assim que se mudou para Minnesota, João iniciou o bacharelado em Tecnologia da Informação pela Saint Mary´s University. Logo após, ingressou na empresa Allina Health. Está há um ano e meio na organização e, inquieto e sempre afoito para aprender mais, atualmente cursa Mestrado em Gerenciamento de Tecnologia da Informação na mesma instituição. “O Senac me ensinou que a vida é um grande desafio e que precisamos nos arriscar e ir atrás daquilo que acreditamos. É assim que tenho seguido minha trajetória profissional e pessoal.” 

(com assessoria)

Redação 14 News

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