A Rumo, maior companhia logística de base ferroviária do Brasil, participou na manhã desta segunda-feira (19), de uma sessão solene para celebrar os 150 anos de fundação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF). Seus trilhos hoje fazem parte da Malha Paulista, sob concessão da Rumo desde abril de 2015. O evento realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) contou com a presença de lideranças políticas, especialistas do setor e historiadores.
“Há 150 anos, em 30 de janeiro de 1868, no mesmo local de nascimento da cidade de São Paulo, o Pátio do Colégio, nascia um dos mais lembrados ícones da constelação ferroviária americana e do empreendedorismo pátrio”, lembrou Sérgio Feijão Filho, diretor da Associação de Preservação da Memória Ferroviária (APMF). “A constituição da CPEF marca o início do ferroviarismo genuinamente paulista, concebido e empreendido por paulistas e brasileiros”.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, fez um retrospecto da importância histórica da Companhia: “Seu primeiro trecho, entre Jundiaí e Campinas, foi inaugurado em 1872 e levou apenas dois anos para ser construído. Em 1880, ao chegar a Rio Claro e Mogi Guaçu, já somava 223 quilômetros em bitola larga. Em 1892 adquiriu a bitola métrica de Rio Claro a Araraquara e Jaú. Alargou a bitola, eletrificou os principais trechos e inovou na administração e na operação. Com o rigor nos serviços, expresso pela pontualidade, segurança e conforto, foi denominada ferrovia-padrão no mundo”.
Renovação da Concessão
Atualmente, a Rumo está em avançada negociação com o governo brasileiro para renovar antecipadamente a concessão da Malha Paulista, uma das quatro malhas ferroviárias sob sua gestão. Assim, o contrato original, que termina em 2028, se estenderia por mais 30 anos, até 2058. Esse processo encontra-se em linha com o planejamento estratégico da Companhia, que prevê cerca de R$ 6 bilhões em investimentos para ampliar a capacidade da Malha Paulista em 150% – dos atuais 35 milhões de toneladas/ano para 70 milhões de toneladas anuais.
“Os trilhos da antiga CPEF, que começou fazendo o transporte regional de café, importantíssimo na época, hoje têm uma dimensão muito maior”, afirma Fernando Paes, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, ressaltando a importância da renovação da concessão. “A Malha Paulista transporta até Santos produtos do próprio Estado de São Paulo, mas também originários do Centro-Oeste e, futuramente, da Ferrovia Norte-Sul. Trata-se, portanto, de uma ferrovia de importância nacional”.
Guilherme Penin, diretor institucional e de regulação da Rumo, explicou que, atualmente, do volume que chega à Santos, 70% vem por meio de rodovia e apenas 30% por ferrovia. “A Rumo tem um plano estruturado para inverter essa razão, que envolve o aumento da capacidade da linha-tronco da Malha Paulista e também a reativação dos ramais de Panorama e Barretos, retomando o transporte regional”, diz Penin. “Esses investimentos são fundamentais para que São Paulo consiga ter uma ferrovia à altura de sua economia, da importância do nosso Estado e da relevância do Porto de Santos para o comércio exterior brasileiro”.
Ações comemorativas
Durante o evento, foi exibido um vídeo histórico sobre a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, que estará disponível no Facebook da Rumo (https://www.facebook.com/rumologistica/). Desde 30 de janeiro deste ano, a empresa vem divulgando em suas redes sociais uma série de posts em comemoração aos 150 anos de fundação da CPEF. O evento na Alesp contou ainda com o descerramento de uma placa comemorativa, que será fixada na assembleia. A sessão solene foi realizada por solicitação do deputado estadual João Caramez (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar em Prol do Transporte Metroferroviário (FTRAM).
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(com Assessoria de Imprensa)