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Em reunião com o Governo, reitor da Unesp diz que recebeu orçamento sem a previsão de pagamento do 13º

O reitor da Unesp, Sandro Roberto Valentini, reuniu-se na última quinta-feira (17) com a nova secretária estadual de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen da Silva, e expôs em detalhes a atual situação financeira da Universidade, como apresentado no documento enviado no início do ano para o governador João Doria, o vice-governador Rodrigo Garcia, o secretário da Fazenda e Planejamento Henrique Meirelles e para a própria secretária de Desenvolvimento Econômico.

Acompanhado do chefe de gabinete Carlos Eduardo Vergani e do assessor-chefe de planejamento estratégico Rogério Luiz Buccelli, o reitor da Unesp refez o histórico que levou ao desequilíbrio orçamentário e financeiro da Universidade e explicou a crise herdada quando iniciou a gestão. Ao assumir em janeiro de 2017, Sandro Valentini recebeu um orçamento da Universidade sem a previsão de pagamento do 13º salário daquele ano.

Patrícia Ellen recebeu também um relatório com as economias que a Unesp tem feito nos últimos anos e também os planos para o futuro da Universidade, com o detalhamento das reformas propostas que estão em debate nos órgãos colegiados.

Na reunião, foram apresentadas também as possibilidades que vinham sendo tratadas com os governos anteriores, ou seja, o crédito suplementar extra-limite, a antecipação de um duodécimo do orçamento atual e a antecipação de receita orçamentária.

Após ouvir atentamente as explanações, a secretária disse que trataria do assunto na Secretaria da Fazenda e Planejamento, na tentativa de estabelecer o diálogo e ajudar a encontrar uma solução para o desequilíbrio orçamentário e financeiro da Unesp, o que permitiria o pagamento integral do 13º salário de 2018.

O déficit orçamentário atual da Unesp é de aproximadamente R$ 247 milhões.

Funcionários estão em greve desde a semana passada. Nesta terça-feira (22) haverá uma reunião extraordiária do CO (Conselho Universitário) com a proposta que o grupo de trabalho da reitoria encaminhou que é o parcelamento em 4 vezes para o final de fevereiro, maio, agosto e outubro. Funcionários são contra o parcelamento e prometem protestos.

Após o início da greve, 100 funcionários da Faculdade de Medicina, Instituto de Biociências e Faculdade de Ciências Agronômicas fizeram uma passeata no campus e no centro da cidade pela manhã e tarde da quarta-feira (16).

O atraso atinge 12.500 servidores e desse total 2.500 trabalham em Botucatu. No centro Oeste Paulista esse número sobe para 4 mil servidores. Já os contratados pelo regime CLT estão com o pagamento em dia.

A Unesp esperava uma suplementação de verba vinda do Governo do Estado que por sua vez disse anteriormente avaliar a situação, citando que a Unesp já recebeu R$ 1,7 bilhão em recursos.

(Com Agência Unesp e G1/ Imagem: Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico)

Redação 14 News

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