3 de maio de 2024
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Dona de casa de São Manuel vai encontrar irmã de Presidente Prudente após 20 anos de separação

A dona de casa, Débora Gomes, de 43 anos, moradora de São Manuel (SP), após duas décadas sem ver sua irmã, agora espera ansiosamente para encontrá-la. A garçonete Francielle Santos (nome adotivo), hoje com 25 anos, mora na cidade de Presidente Prudente.

“Estou muito feliz pelo reencontro. Eu e minha irmã ainda não nos vimos pessoalmente. Só falei com ela pela câmera do WhatsApp. Ela é linda. Eu estou querendo ir até lá buscá-la, pois ela quer vim pra cá mas está desempregada. Estou querendo arrumar um carro para ir até lá. A vida dela lá não está sendo nada fácil. Se ela quiser eu tenho até uma casa para minha irmã morar”, disse a irmã que reside em São Manuel, na região de Botucatu, durante entrevista ao site Agência14News.

Débora  conta que a separação da família começou quando ela ainda adolescente e morando em uma chácara engravidou e seria mão solteira. Seu pai que era administrador do local morava com a esposa e mais 6 filhos no total.

O pai tentou mandar a filha embora de casa, mas descobriu que a esposa também estava grávida e esperando um filho seu. A sua companheira impediu que a filha fosse expulsa dizendo que senão também iria partir.

O filho de Débora nasceu dia 11 de outubro e a sua irmã dia 16 de novembro, mas dois meses depois seu pai faleceu por conta de um acidente vascular cerebral.

“Daí começou a mudar a nossa vida não pra melhor é sim pra pior. Minha mãe tinha problema de ataque epilético, caiu no chão, começou a se bater e abriu sua barriga e voltou a ser internada, pois tinha feito cesárea. Como eu também tinha um bebê com dois meses eu dava de mamar para o meu filho e à minha irmã”, conta Débora.

Quando sua mãe voltou do hospital Débora diz que o patrão da chácara mandou que assinasse alguns papéis que iria pagar os direitos do pai falecido, “mas não foi isso o que aconteceu. Ele colocou todos nós na rua com uma mão na frente e outra atrás. Por conta disso, fomos morar na cidade, na Vila São Geraldo”, lembra.

Devido ao que ocorreu sua mãe começou a beber muito. “De tanto desgosto por ter perdido meu pai ela começou a beber. Eu era menor de idade e estava com um filho. Assim, começamos a passar fome. Minha mãe foi no fórum e assinou um papel por lá e por isso eu perdi meu filho. O juiz disse que minha mãe tinha autorizado, por isso tiraram meu filho de mim. Não sei aonde ele está agora. Deve ter uns 25 anos”, afirma Débora.

IRMÃ FOI EMBORA

“Bom, isto não é tudo. Também tiraram minha irmã sem a permissão dela, porque ela bebia e nós passávamos fome. Daí colocaram minha irmã no lar (de órfãos) e ela foi adotada. Quem dava uma ajuda para nós a era a Vila Vicentina. Íamos buscar uma cesta lá todos os domingos. Minha mãe morreu de tanto beber. O médico disse que no atestado de óbito deu que estourou uma veia do coração dela. Ela levantou tomou sua pinga e voltou dormir, quando faleceu”, relata Débora.

OUTRA IRMÃ

“Minha irmã Ana Paula tinha problema mental, pressão alta e problemas de coração, mas ela não viu quando minha mãe faleceu porque ela estava internada na UTI, mas um mês depois quis saber, e depois essa minha irmã também morreu”.

A LOCALIZAÇÃO DA IRMÃ DE PRUDENTE

“Eu não tinha mais notícias da minha irmã que tiraram de nós. Mas graças a Deus ela agora nos achou. E nunca mais vou deixá-la sair da minha vida. Tenho fé que assim como ela apareceu o meu filho também irá me ver antes de eu morrer. Eu tenho fé nisto. Ela nos achou pela internet”, diz Débora.

COMO ENCONTROU

“Aliás ela nos achou por um programa chamado CRAS – Centro de Referência de Assistência Social. Ela achou o número do meu cunhado e ligou para minha irmã  na “Prata”. Ela mora em Presidente Prudente. Ter reencontrado ela foi melhor que ganhar na loteria”.

RESTANTE DA FAMÍLIA

“Depois tem o meu irmão Clodoaldo de Oliveira, de 38 anos, que é pedreiro e já casado. Ainda o Marcos Roberto, de 36 anos, que está desempregado. Depois a Letícia Aparecida, de 30 anos, que trabalha numa padaria e mora na Prata. E por fim a Franciele que foi tirada de nós, que quando foi adotada tinha 4 ou 5 anos. Meu pai chamava Orozimbo de Oliveira e minha mãe chamava Sueli da Silva Oliveira.

ESPERA PELO REENCONTRO

“Eu e minha irmã ainda não nos vimos pessoalmente. Só falei com ela pela câmera do WhatsApp. Ela é linda. Eu estou querendo ir até lá buscá-la, pois ela quer vim pra cá mais está desempregada. Estou querendo arrumar um carro para ir ir até lá. A vida dela lá não está sendo nada fácil. Se ela quiser eu tenho até uma casa para minha irmã morar em São Manuel”.

RECADO DE PRUDENTE

Francielle Santos também falou sobre a história. “Eu vim pra cá com 5 anos. Não conheço minha família biológica, não sabia nada deles. Com 11 anos achei o documenta que contava minha história e desde então venho procurando eles. Mas como Oliveira é muito comum eu não consegui. Então depois de muito tempo uma amiga (Beth Ascencio, de Martinópolis-SP, perto de Prudente) leu minha história e resolveu me ajudar. Em três dias achei eles atravessando o CRAS aqui da minha cidade. Foi através de um sistema único. Aí acharam minha irmã Letícia, viram que o nome da mãe e do pai batia com o meu documento”.

EXPECTATIVA

Francielle: “A expectativa é grande, né? Estou tão ansiosa que nem comer eu consigo. Meu irmão disse que cai tentar vir me buscar. Acredito que não haja barreira, apesar da minha mãe ter ficado sentida, mas nos damos bem e ela sabe o quanto é importante para mim. Contei somente a minha mãe mesmo, ela está sem acreditar ainda”.

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(Do Agência14News)

 

Redação 14 News

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