2 de maio de 2024
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Motorista de aplicativo é preso por importunação sexual contra passageira

Um motorista de aplicativo de mobilidade urbana foi preso na noite de sexta-feira (29), acusado de importunação sexual contra uma passageira, em Botucatu (SP).

O caso foi registrado quando uma jovem de 27 anos pegou o táxi com o filho de 7 anos.

Ela contou à polícia que estava na casa de uma tia, na Vila Assumpção, quando por volta das 21h50, solicitou o serviço de transporte pelo aplicativo, sendo atendida pelo motorista. Ela embarcou no veículo com o filho com destino à região do Jardim Palos Verdes, mas segundo ela, inexplicavelmente, quando passava já pelo trecho final da Rua João Passos, o motorista foi ao trajeto oposto à casa da passageira, contrariando a rota dada pelo GPS, e mesmo a jovem reclamando, foi dirigindo em direção ao Bairro Vila dos Comerciários.

O motorista entrou no bairro Flora Rica, próximo ao trecho usado para treinos de auto escolas, só parando em uma rua sem saída, e em local ermo.

-Passageira postou a diferença entre o trajeto correto e o feito pelo motorista do App durante a viagem.

A passageira ainda relata que chorava, protestava e tentava falar com seu marido pelo telefone. Passou a simular o contato com ele, e ao dizer que estava sendo levada para longe – e perguntando no aparelho se o seu esposo continuava a rastreando pelo celular – só assim, o motorista do aplicativo foi em direção à casa da vítima, onde a deixou, mas gritou com ela proferindo vários palavrões.

Já em casa recorreu a seu marido e a uma prima. Em seguida, postou o fato nas redes sociais para alertar outras mulheres, divulgando a placa e o nome do motorista.

MAIS VÍTIMAS

Imediatamente, isso provocou outras manifestações de mulheres que dizem terem sido assediadas pelo mesmo motorista do aplicativo.

Também na mesma noite uma jovem de 19 anos se apresentou na delegacia onde relatou que passou pelo mesmo problema há 3 meses. Ela diz que fazia uso de uma bermuda e notou que condutor não tirava os olhos de suas pernas, de maneira acintosa, e a convidou para sair com ele.

-Várias mulheres relataram o mesmo problema após a denúncia.

Por conta de sempre o APP salvar o número do celular de passageiros, o motorista ficou mandando mensagens a essa moça, propondo sexo. Assim que soube do caso desta noite ela também decidiu fazer denúncia.

A Polícia ouviu as 2 vítimas e nos boletim de ocorrência juntou o “print” do mapa do percurso feito pelo motorista.

Também, segundo a polícia, existe uma terceira vítima que havia procurado a delegacia por ter sido assediada com a importunação sexual sofrida dentro do carro.

O motorista foi encontrado por policiais militares por volta das 00h40 na Avenida Camilo Mazoni e em seguida foi encaminhado à unidade policial.

VERSÃO DO MOTORISTA

O acusado negou as importunações alegando que discutiu violentamente com a passageira por conta do percurso para chegar a casa dela. Ele admitiu apenas ter “perdido a cabeça” e ofendido a mulher por causa do percurso mais longo que ela se recusou a pagar.

O telefone celular do motorista foi apreendido porque houve a denúncia das moças e uma adolescente de 16 anos, que relatam terem sido constrangidas por meio de mensagens.

PROVAS SUFICIENTES PARA A PRISÃO

O delegado de plantão considerou que devido ao percurso inexplicável feito pelo motorista do aplicativo sob os protestos da passageira e pelo fato que a moça ser enfática em afirmar que o desvio feito pelo motorista não foi acidental, e que mesmo não tendo sido tocada, não há outra explicação para a atitude do acusado a não ser para intimidá-la levando-a para local afastado onde, possivelmente, a faria vítima de crime sexual. Isso ocorreria mesmo acompanhada de seu filho com sete anos de idade que estava “aterrorizado”.

E dentro da conduta de transportar a vítima sem seu consentimento, para longe de sua casa, durante à noite e sem motivo justificável, segundo a análise da polícia, é suficiente para caracterizar a importunação proposta precariamente ao investigado, sendo assim, autuado em flagrante.

-Prima da vítima postou o caso nas redes sociais.

O CRIME

O caso foi enquadrado no artigo 213 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso que prevê pena de reclusão de 6 a 10 anos.

NOTA DE POSICIONAMENTO DA 99

A 99 possui uma política de tolerância zero para qualquer forma de violência, seja através de ações, gestos ou palavras, especialmente contra as mulheres. Assim que a empresa tomou conhecimento do ocorrido, imediatamente realizou o bloqueio do perfil do condutor e mobilizou uma equipe que, prontamente, ofereceu o acolhimento à vítima de forma humanizada. Além disso, a companhia também se coloca sempre à disposição das autoridades nas investigações, se necessário.

Todos os motoristas parceiros passam por um processo rigoroso de cadastro. A empresa solicita ao condutor uma selfie segurando a carteira de habilitação. Ele também precisa subir fotos do CPF, da própria carteira de habilitação e do licenciamento do veículo. Com base nas informações, o app verifica o histórico público do condutor. Além disso, possui uma parceria com o Denatran, que permite acessar informações sobre carro e motorista – como se o veículo é roubado ou possui sinistro.

Dispositivos de segurança

A 99 possui uma série de ferramentas para segurança dos usuários antes, durante e depois das corridas. Entre elas, estão inteligências artificiais que identificam passageiras que estão em situações de maior risco e direciona a chamada para um motorista mais bem avaliado ou motorista mulher; rastreador de comentários para analisar palavras e contextos relacionados a assédio para banir agressores e direcionar as vítimas para atendimento humanizado; opção de compartilhar a rota para contatos de confiança; monitoramento de corrida via GPS; câmera de segurança; gravação de áudio; botão de ligação para a polícia e uma Central de Segurança disponível 24 horas, 7 dias por semana.

Guia da Comunidade 99 – conscientização e educação

Em parceria com o Instituto Ehtos, a 99 criou oGuia da Comunidade 99 para promover respeito e diversidade a mais de 20 milhões de passageiras, passageiros e motoristas do app. O documento conta com capítulos sobre o combate ao assédio e discriminação a mulheres.

O Guia fomenta direitos, deveres e comportamentos esperados na comunidade, além de fornecer dicas práticas e exemplos de situações. Segundo a companhia, a meta é criar um círculo virtuoso de gentileza para uma plataforma e sociedade melhores — diminuindo assim casos de desrespeito durante corridas.

O Guia da Comunidade 99 está disponível online em 99app.com/guiadacomunidade.

(do 14News).

Redação 14 News

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