A jovem de 24 anos que foi morta a facadas pelo ex-marido em Bauru (SP) tinha discutido com ele sobre a pensão do filho do casal, de 4 anos, dois dias antes do crime, conforme mostra uma conversa nas redes sociais à qual o G1 teve acesso.
Bruna Giovana da Silva foi assassinada no último sábado (12) na frente do condomínio de prédios onde ela morava, no Jardim Ouro Verde. O filho da vítima com o suspeito presenciou o crime e a cena foi registrada por câmeras de segurança.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem de 26 anos, tinha ido até a casa da vítima para entregar o dinheiro da pensão, quando os dois começaram a discutir e o homem pegou uma faca que estava no seu carro, golpeando Bruna várias vezes.
Em uma conversa pelo WhatsApp, ao qual a reportagem teve acesso, Bruna e o ex discutiram sobre a pensão. A vítima afirmou ao ex-marido que ele não iria pegar o menino enquanto a pensão estivesse atrasada e suspeito respondeu que iria pagá-la no próximo dia 20.
Durante a conversa, Luiz chegou a dizer “beleza, vou pagar você pra ver o moleque” e Bruna respondeu “não é me pagar, é cumprir obrigação de pai”.
Segundo a delegada Márcia Regina dos Santos, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Bauru e responsável pelas investigações, o suspeito afirmou em interrogatório que cometeu o crime por ter ficado “nervoso e com raiva” após uma discussão, mas sem citar a questão da pensão.
De acordo com a delegada, o próximo passo da investigação será localizar testemunhas que possam contribuir com mais detalhes sobre o caso.
O suspeito foi localizado e preso na manhã de domingo (13) após a polícia receber denúncias. Ele estava em um carro que foi encontrado na estrada de Val de Palmas, próximo ao distrito de Tibiriçá.
No veículo onde o suspeito foi localizado, os policiais encontraram a faca usada no crime ainda com resquícios de sangue.
Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e vai ser investigado pelo crime de feminicídio. Durante a prisão, o homem confessou o crime e disse à Polícia Militar que esfaqueou Bruna após uma discussão sobre a pensão do filho do casal.
Bruna trabalhava como operadora de telemarketing e foi enterrada na tarde de domingo no cemitério Jardim do Ypê, em Bauru. (Do G1).