Willian Justino da Silva, de 27 anos, que trabalha em Botucatu procurou a reportagem do Agência14News para contar sua versão sobre o fato em que atirou em uma pessoa que estaria saindo com a sua esposa. Ele contou ter descoberto mensagens no celular de sua mulher, que estava mantendo conversas com outro homem com quem ela já teve relacionamento anterior. Por isso Willian foi à casa desse homem de 26 anos e disparou um tiro que atingiu a virilha da vítima. O caso ocorreu na noite do dia 4 deste mês no Parque dos Pinheiros.
“Descobri mensagens do Eduardo com a minha mulher no eu celular, aí minha cabeça ferveu por traição. Eu fui lá e quis tirar a limpo com ele. Só que não sei se já estava sabendo que eu iria lá e saiu de um jeito no portão que eu acabei atirando. Ele já saiu… ele é maior do que eu e na hora não pensei no que fiz. Eu achei que pudesse vir para cima de mim. E como já levei a arma por medo acabei usando”, disse Willian.
O autor do disparo era casado há 6 anos e tem uma filha de 2 anos.
SUSTO
“Era para eu dar um susto nele. No Boletim de Ocorrência (BO) ele fala em dois tiros, mas foi um só. Só se for o mesmo tiro também pegou na parede, mas contaram uma versão que não teve nada a ver com o que aconteceu. Nem foi depois; o arrependimento bateu na hora. Eu não sabia o que fazer. Corri para um sítio. Quando fui me dar conta eu já tinha feito. No outro dia já os familiares deles começaram a me ligar me ameaçando. Eu não sabia o que fazer e fiquei escondido. Foi aí que procurei um advogado e resolvi me entregar.”
SEM PASSAGENS
“Nunca tive envolvimento com polícia, nem briga de trânsito, nem nada. A ficha minha sempre foi limpa. Sempre trabalhei registrado desde os meus 18 anos. Nunca tive passagem por nada, nem por estar bêbado. É o desespero da gente na hora que me levou até lá”.
COMO FICA A VIDA
“O relacionamento meu acabou. Nem conversei mais com minha ex-mulher. Desde o dia que aconteceu eu não vi mais ela. Não sei o que vai ser, nem no serviço nem nada. Vou ter que sair da empresa. Não sei o que vou fazer; terei que mudar de cidade”.
A DEFESA
“Segundo o advogado Marco Aurélio Capelli Zanin, desde o dia dos fatos, o caso foi registrado como lesão corporal que ao seu ver foi muito bem tipificado pelo delegado Antenor de Jesus Zeque que é o delegado que presidiu o inquérito no dia do registro do BO. Agora esse caso está correndo pela Primeira Central de Polícia sob a presidência do Dr. Marcos Sagin então agora vamos aguardar as providências que serão tomadas pela autoridade policial e os próximos passos ainda não estão definidos porque depende muito da tipificação que será dada a esse boletim de ocorrência no poder judiciário, aí saberemos o que fazer”.
Zanin diz que a apresentação do seu cliente mostra a boa índole que no calor do momento, na hora de tomar satisfação, acabou acontecendo tudo isso.