Por volta das 5h da manhã desta sexta-feira (09), depois de cerca de 20 horas de trabalhos, saiu a sentença de condenação da esposa do corretor de imóveis, Laurindo Pires Marques, de 68 anos, conhecido como Português, em Botucatu (SP).
Antônia foi condenada no crime de homicídio, na ocultação do cadáver e corrupção de menores. A pena foi de 23 anos em regime fechado. A mulher de 57 anos mandou matar o marido, de nacionalidade portuguesa, em abril de 2014.
O crime foi praticado por quatro adolescentes de 14 e 16 anos e um rapaz de 19, cada um receberia R$ 300 pelo assassinato.
No prédio do fórum no Jardim Santa Elisa ocorreu o julgamento do homicídio triplamente qualificado combinado com ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Foram julgadas Antônia Electa Santucci (condenada a 23 anos) e sua irmã Silvana Zildete Santucci de Oliveira, além do apontado como executor, Leandro Rogério Teles. A sede do poder judiciária foi bastante disputada por um lugar buscando acompanhar os trabalhos.
Silvana que respondia o caso em liberdade foi absolvida do homicídio e condenada na corrupção de menores a 2 anos no regime aberto. Leandro foi condenado no homicídio e absolvido da corrupção de menores e ocultação de cadáver. A pena de Leandro foi de 14 anos no regime fechado.
Antônia e Leandro estão presos desde a época do crime e com a condenação continuam da mesma forma.
Na defesa dos réus atuaram os advogados Roberto Fernando Bicudo, Júlia Sogayar Bicudo e Marcelo Piaciteli. Presidiu o júri Dr. Henrique Iatarola. Na promotoria Dr. Marcos José de Freitas Corvino.
AÇÃO CRIMINAL
No processo, consta que a esposa do corretor foi a mandante e mentora intelectual do crime, citando uma adolescente e mais três menores por motivo torpe, mediante promessa de recompensa, por meio de asfixia e utilizando-se de recurso que dificultou a defesa do ofendido, matando o senhor Laurindo.
Já a irmã da acusada é citada como quem auxiliou nas tratativas do crime.
HORA DO CRIME
Consta no processo que a esposa do corretor foi buscar os adolescentes em uma praça perto de uma escola e os levou até sua casa de carro. Chegando foi ver se o marido estava e bateu na janela como forma de ordenar a entrada de todos.
Leandro que é o executor maior de idade e mais um menor encontraram o morador deitado no sofá. Ali apontaram um simulacro de arma de fogo e um revólver calibre 22 cedido por Antonia, dando uma “gravata” no corretor.
Nesse momento Antonia passou a discutir com o marido falando da amante dele e dos bens que ela não queria passar em seu nome e que agora ele morreria, pedindo então que Leandro pegasse uma corda na picape da vítima que estava estacionada na garagem.
Ela ordenou que os dois enrolassem a corda no pescoço do corretor e o estrangulassem, o que segundo cita-se no processo ocorreu, por cerca de uma hora, causando extremo sofrimento e causando sua morte por asfixia.
Três adolescentes levaram o corpo até a caçamba da picape que foi dirigida por Leandro e Antonia foi em seu carro com os demais menores. O corpo foi transportado até um canavial nas proximidades do Jardim Ouro Verde.
Consta ainda no processo que Leandro e mais um adolescente retiraram o corpo de caçamba e foram embora na picape e Antonia levou três menores – dois rapazes e uma moça – até o bairro Monte Mor, onde pagou em dinheiro pelo crime.
A denúncia fala em motivo torpe e que a vítima foi colhida de surpresa sem poder esboçar reação, dificultando a defesa.
Devido à sua perversidade, o assassinato foi tema da série “Investigação Criminal” Crimes Perversos pelo canal AXN da TV a cabo, com direção de Beto Ribeiro e Carla Albuquerque com produção da Medialand de São Paulo.
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(do Agência14News)