25 de abril de 2024
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Autônoma diz que incentivo da equipe de saúde ajudou que fosse salva da Covid-19

-Elisângela teve apoio das equipes e também se apegou nas orações para ser salva.

Elisângela Souza, autônoma, 37 anos, moradora de Botucatu fez um relato que demonstra o incentivo de profissionais de saúde que ajudaram que fosse salva da Covid-19.

Ela ficou internada no PS Adulto e HC – Hospital das Clínicas de Botucatu. Elisângela escreveu uma carta relatando o seu período nos 2 hospitais:

Gostaria de falar sobre o PS Municipal de Botucatu.

Fui contaminada com covid-19 e tive que ficar internada por 14 dias, sendo 8 deles no PS, cheguei lá muito ruim, de ambulância, com uma falta de ar inexplicável. De início, ficaria lá por apenas algumas horas, até abrir uma vaga na UNESP, mas fiquei por alguns dias, e, agradeço a Deus por isso. Eu era uma pessoa que vivia ouvindo e comentando reclamações do PS, mas sem saber verdadeiramente como era lá dentro. No tempo em que estive lá, pude perceber vagamente a realidade dos fatos, os médicos e enfermeiros não param, se esforçam a mil para poder dar assistência aos pacientes que chegavam e aos que estavam internados, que não são poucos, pude sentir o amor e carinho divino pela equipe de enfermagem, que me animavam e falavam palavras de esperança. Um deles é o Cesar, me fazia perceber todo o meu progresso, ele falava “lembra como você chegou?”. “Olha como você está ainda melhor hoje”, me fazia comer, mesmo se fossem 6 colheradas de sopa, e também, sempre perguntava se eu lembrava de seu nome, cada história que falava, era um remédio para dor. As enfermeiras me davam banho de modo como se fosse uma criança na cama, e com tanto cuidado com minha saúde e bem estar.

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Infelizmente, não é possível citar o nome de todos que me ajudaram a percorrer este caminho de sofrimento.

Os médicos, sem explicação, cuidam de forma inigualável, de hora em hora passavam no quarto para dar uma espiada, aos fisioterapeutas, eterna gratidão, pelo Dr. Maércio, que tão jovem, tento uma sabedoria gigante, e ao Dr. Ricardo, obrigada, pelo tanto que me ajudaram a voltar a respirar. Pegaram na minha mão, me deram força e esperança, e quando recai, fiquei triste e desanimada por sair do cateter e voltar a máscara de oxigênio por aumentar o oxigênio, o Dr. Maércio disse “não fique triste! Vamos dar passos de formiguinhas, amanhã volto para ver você”, não desistiu, no dia seguinte, ali estava ele, alegre, falante e com muito carinho e paciência me ensinado a movimentar o pulmão.

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Gratidão eterna. Como não lembrar também da Cris, da limpeza, que chegava no quarto dizendo “oi minha amiga, você está bem?” e quando não estava ela sabia e falava “você não está bem né?! Mas vai ficar!” Aí começava a contar suas histórias andando de bis no trajeto de casa para o trabalho, cada história que eu perdia o ar de tanto rir, você, Cristina, tem um valor incalculável, pois você me trouxe alegria em minha recuperação. Preciso, também, dizer dos bilhetes que vinham com o café dizendo “bom dia, Deus te abençoe” e “boa tarde, fique bem!”, Essas frases me enchiam de esperança.

Cada palavra é muito pouco para agradecer o carinho que recebi desses anjos sem asas, na foi fácil, mas cada gesto desses recebido ali, além dos medicamentos, foram impulsos para minha recuperação e alegria. “Vamos dar passos de formiguinhas, sem pressa, esqueça de tudo lá fora, tudo. O foco aqui é sua saúde, é você” -Dr. Maércio.

Quando falei ao Dr. Ricardo, para ela não me deixar morrer, ele, olhando em meus olhos e segurando minha mão respondeu: “Você acredita em Deus? Então se apegue nEle. Vou fazer tudo o que posso, tudo, mas é Deus quem faz o milagre.” Essas frases sempre estarão guardadas em minhas lembranças.

Obrigada também, aos atendentes e segurança (em especial meu amigo Fábio), assistente social, equipe de limpeza, enfermeiros, médicos do PS municipal, se não fossem vocês, eu já não estaria mais aqui.

Depois, os demais dias fui transferida para Unesp, onde não foi diferente. Recebi boas vindas dos enfermeiros, médicos e amigas de quarto, ali, nós pequenos detalhes, pude ver o agir de Deus, como consegui tomar banho no chuveiro, voltar a comer arroz e feijão sem ficar cansada, andar pelo quarto sem oxigênio. Eterna gratidão à Unesp a nossa tão amada e querida Unesp. Graças a Deus a temos!!

Depois dessa experiência de dor, mas aprendizado, comecei a enxergar o lado de dentro e entender que reclamamos muito, que o orgulho, nos faz querer tudo do nosso jeito e hora. Vamos ao médico preparados para, se demorar, xingar, mal sabemos o que acontece lá na emergência, onde chegam as ambulâncias, não sabemos quantas e quantas horas aqueles médicos e enfermeiros estão de plantão por falta de profissional, por conta da pandemia, aí falávamos “o médico me atendeu mal”, ” o médico mal me examinou”, tanto para médicos(as), como para enfermeiros(as). Ali, existem muitos quartos lotados de pacientes internados e também UTI. Vi médico chorar por perder paciente, enfermeiros correndo desesperados para ajudar uma mulher enfartando. São humanos, vamos começar a vê-los como tal, ter empatia.

Concluindo, antes de abrirmos a boca para reclamar de algo no sistema de saúde da nossa cidade, sendo médicos, enfermeiros e todos que compõe, rezemos pelos médicos, os enfermeiros, que estão na linha de frente, arriscando a vida deles, a saúde deles e de suas famílias para ajudar-nos a nos manter saudáveis.

Atenciosamente, com gratidão e carinho, Elisângela Alcídia Pereira de Souza, uma paciente que sofreu muito com o covid, mas com a ajuda desses anjos conseguiu aguentar até o fim. (Fim da carta).

Redação 14 News

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