O Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu informou na tarde desta segunda-feira (17/4) que suspendeu a assembleia que ocorreria nesta mesma data a pedido da direção da Caio para retomar as negociações. Veja a nota do sindicato:
“Comunicado aos Colaboradores do Grupo Caio – Suspensão da Assembleia:
Em virtude da volta das negociações, a pedido da Direção do Grupo Caio, o sindicato está suspendendo a assembleia na data de hoje (17/4).
No prazo de até 5 dias úteis informaremos a todos sobre a nova atualização das negociações.
Estamos trabalhando por vocês. Lembrando que a decisão final é sempre do trabalhador.
Grato pela compreensão, Tamojunto Cláudio Beiço!”, informou o sindicato.
Entenda o caso
Os trabalhadores metalúrgicos da CAIO (Botucatu) estavam atentando para uma possível greve, segundo foi divulgado na semana passada. A causa é a negociação, com a empresa, para implantação do vale-alimentação e o plano de cargos e salários que não estava sendo deliberada.
Por isso havia sido marcada para esta segunda-feira, 17, uma Assembleia Geral Extraordinária, por parte do Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu, para discutir e dar andamento sobre os assuntos. Os protocolos de reinvindicação feitos à empresa Caio, por parte do órgão sindical, seriam usados para confrontar a diretoria da empresa.
Além disso, outros assuntos como ingresso de dissídio coletivo e pagamento de horas por causa dos feriados seria discutido na mesma assembleia, segundo informou a Assessoria de Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu.
Resposta da Caio:
Na oportunidade a Caio havia respondido o seguinte ao 14News: “Sobre os questionamentos relacionados à implantação do vale-alimentação na empresa, esclarecemos que foram realizados vários estudos e após as crises econômicas e pandemia que assolaram nosso país, em especial o segmento de ônibus e que tiveram muito impacto na empresa, infelizmente esse benefício não se apresenta viável”.
“A Caio está começando a restaurar sua saúde financeira, em meio a momentos de vendas realizadas nesse ano, mas também em meio à instabilidade do mercado, pois as montadoras de chassis estão reduzindo a produção por queda de vendas”.
“Segundo a NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, somente nos últimos 3 anos de pandemia, o prejuízo para o setor foi de 36 bilhões de reais, com redução de 90 mil empregos e 80% no número de passageiros (publicação em Carta Oficial, 11/04/2023), fatos que impactaram na redução das frotas de ônibus”.
“Mesmo em meio a esse cenário, a Caio manteve empregos e todos os benefícios implantados, inclusive o PPR. Segundo a alta gestão, todos e quaisquer compromissos que a empresa assumiu e venha a assumir são estudados, com perspectivas de continuidade e, desde que implantados, são sempre honrados, com ênfase no melhor e mais transparente PPR da região”, informou ao 14News a Assessoria de Imprensa do Grupo Caio na semana passada.