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Saiba decifrar os sons que seu veículo emite e evite problemas

Tem carro que gosta de fazer música. O freio assovia, os rolamentos roncam e as correias até cantam. Mas você sabe por que isso acontece? E quando é necessário prestar atenção procurar ajuda profissional?

O engenheiro de Tecnologia, Treinamento e Inovação Eliel Bartels, explica que o ideal é ter todo o conjunto de peças trabalhando em harmonia e de forma silenciosa, e que a barulheira pode sinalizar problemas. “É aconselhável, nesse caso, ficar atento a origem dos ruídos e em quais momentos eles ocorrem, para, na sequência, procurar um especialista”, explica.

Organizamos, abaixo, algumas das principais fontes de barulhos incomuns que os automóveis emitem, quais são suas possíveis causas e forma adequada de corrigir os problemas. Confira:

Assovio na frenagem. O sistema de freios tem como objetivo parar o veículo de forma eficiente, segura e silenciosa, mas em alguns casos as pastilhas não conseguem trabalhar sem assoviar. Esse desagradável som, de acordo com Bartels, geralmente vem do desgaste acentuado das pastilhas. “O ruído na maioria das vezes sinaliza um desgaste considerável do material de atrito. Muitos veículos são projetados com alarmes sonoros nas pastilhas e que devem gritar quando chegam em seu limite de uso”. Quando peças de má qualidade são utilizadas, um efeito chamado vitrificação das pastilhas pode ocorrer e, nestes casos, elas também assoviam muito quando são pressionadas contra os discos de freio. “Siga o manual do seu veículo à risca, lá você encontra a frequência correta de manutenção das pastilhas”.

Rangidos e batidas secas na suspensão. Esse tipo de ruído pode ser associado a diversos componentes da suspensão – desde um simples batente protetor de amortecedor até uma complexa caixa de direção, passando por, pivôs, barras, bandejas e buchas. Segundo Eliel, “estes barulhos requerem uma detalhada análise e um diagnóstico bem preciso. É importante que oficina tenha ferramentas específicas para o diagnóstico e também para a troca das peças”.

Estalos na curva. Este incomodo som geralmente se manifesta na hora de esterçar e manobrar o veículo. Trata-se de um agudo e repetitivo estalo, vindo das rodas, e geralmente indica que ajunta homocinética do veículo está precisando ser substituída. “As juntas possuem uma coifa protetora de borracha que, com o tempo, pode rasgar e permitir o acesso de sujeira nos rolamentos que, quando combinada com a graxa típica deste componente, gera um efeito esfoliante na peça, causando folga mecânica nos alojamentos das esferas e o barulho indesejado”. Lavar o carro com produtos que agridem a borracha também podem causar a deterioração da coifa e consequentemente o surgimento dos barulhos, segundo o engenheiro.

Pneus que cantam. Não é raro ouvir, após qualquer início de curva, o cantar dos pneus em alguns carros. Quem escuta de longe, pensa que o carro está fazendo a curva a 150km/h, quando na verdade está abaixo de 40km/h. “Veículo desalinhado é a principal causa deste barulho nos pneus. Por isso, fique atento caso, após algum impacto mais forte, esse barulho se intensificar. Além disso, vale a pena checar o alinhamento total do carro a cada 10 mil km rodados”.

Ronco do rolamento. Sãoruídos graves e abafados, percebidos quando o carro está em movimento e semelhantes ao ronco de um ventilador doméstico. Geralmente, estes sons estão relacionados ao desgaste dos rolamentos de roda. “É um tipo de barulho que deve ser verificado rapidamente, logo quando surgir, pois pode ser coisa séria”, comenta Eliel. Se houver muita folga, existe a chance de travamento e de avarias na ponta de eixo, aumentando bastante os custos para consertar, além dos riscos de acidentes.

Correia grilando. Esse ruído de faz notável no momento da partida ou quando o motor acelera. Trata-se de uma aguda e estridente serenata, vinda da correia, que provavelmente estará ressecada. Se estiver dentro da vida útil estipulada pelo manual do veículo, basta um spray específico que a barulheira vai embora. Porém, o Eliel faz algumas ressalvas. “Cada montadora estipula um momento de troca da correia e isto também varia de modelo para modelo. Então, nada de adotar que correia se troca com 60.000 ou alguma oura quilometragem exata”. Além disto, existem tensores de correia que podem se deteriorar e causar o afrouxamento ou maior tensão podendo gerar o mesmo ruído.

Estalos do motor ou câmbio. No momento da partida, após engatar a marcha e entrar em movimento, é possível notar um barulho vindo do motor. Pode ser o coxim do motor ou do câmbio, que já está danificado. Este componente de metal e borracha é essencial para amortecer as vibrações do motor e câmbio e mantê-los sempre firmes em suas posições originais. Se ouvir estes estalos, procure um especialista.

 

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(com assessoria)

Redação 14 News

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