Diversas datas comemorativas fazem parte da nossa cultura, somada à intensificação dos estímulos que recebemos nessas épocas, influenciam significativamente nosso comportamento e estado psicológico.
No período entre Natal e Ano Novo, por exemplo, somos bombardeados por imagens de propagandas e programas de TV com pessoas extremamente felizes comemorando o Natal e o Réveillon. Porém, apesar de muitas pessoas festejarem esse período e se encherem de esperanças, há aquelas que ficam mais isoladas, com o humor deprimido.
Em alguns casos sentem-se culpadas por não conseguir comemorar algo que todos estão aproveitando.
QUEM É MAIS PROPÍCIO A SE SENTIR DEPRIMIDO NO FINAL DE ANO?
Pessoas que apresentam maior dificuldade em lidar com mudanças no ritmo cotidiano e estilo de vida como fechamentos de ciclos, podem ser mais vulneráveis a desenvolver a depressão no fim do ano. Existe uma banalização dos sintomas de depressão nesse período, entretanto, é muito importante que seja avaliado por profissionais da área, para que não venha a se agravar se não cuidado.
Alguns sintomas mais comuns são: dificuldade de tomar decisões, pessimismo, choro frequente, dificuldade para realizar suas tarefas, insônia, baixa autoestima, pensamentos negativos, irritabilidade, compulsão alimentar, falta de motivação para realizar atividades cotidianas, dificuldade de sair da cama, tristeza persistente. É necessário todos ficarmos atentos, familiares, amigos bem como quem passa pela situação. Quando os sintomas se prolongam mesmo após o final de ano pode ser encarado como um alerta a buscar ajuda profissional.
O que se percebe é que essa época do ano pode ser tornar um gatilho estressor em que conteúdos vividos não elaborados que já não vinham bem na vida da pessoa podem emergir na forma de sintomas como a depressão. Lutos, traumas psicológicos, perda de emprego, separações, sonhos frustrados, memórias negativas, perdas, são alguns exemplos de situações.
Mesmo que não se comemore este período, vale à pena aproveitar o final de ano para refletir sobre si, fazer novos planos e estabelecer novas metas e se necessário buscar ajuda psicológica.
* Silvana Hilario é psicóloga em Botucatu.
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