Presos que cumprem o regime semiaberto na Penitenciária I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz” de Pirajuí atuam em força-tarefa destinada a reparar os prejuízos provocados pela forte chuva que atingiu a cidade no último dia 10 (segunda-feira).
Na ocasião, ruas e avenidas, principalmente da região central, foram tomadas por lama, sujeira e entulhos trazidos pela enxurrada.
Autorizados pelo juiz corregedor, dez reeducandos prestaramm um trabalho voluntário para a prefeitura por quatro dias – de terça (18) até esta sexta-feira (21), das 8h às 16h -, fazendo a limpeza da avenida Orestes Quércia e alguns trechos do Rio Dourado, que teve o curso da água prejudicado em razão de detritos e galhos de árvores.
Sob supervisão de dois agentes de segurança da unidade prisional, o serviço garante remição de pena aos sentenciados – a cada três dias trabalhados, é remido um dia da condenação.
Segundo o diretor da Penitenciária I de Pirajuí, Paulo Rogério Prieto Martins dos Santos, os presos que participam do mutirão ficaram gratos pela oportunidade. “Eles podem ajudar a população de alguma forma e isso acaba sendo recompensador”, destaca.
“Além disso, [o trabalho] também resgata valores, como respeito, dignidade e capacidade, e proporciona novas expectativas para o momento de reinserção social”, conclui Santos.
‘RECOMEÇAR’
“Este trabalho é uma forma de colaborar com a população e com nós mesmos, que erramos no passado e agora temos a chance de recomeçar. Ao cumprir a pena, poderemos voltar ao convívio da sociedade de cabeça erguida”, destaca um dos presos da força-tarefa.
De acordo com o prefeito de Pirajuí, Cesar Fiala, a chuva provocou diversos estragos na cidade e também prejudicou o curso do Rio Dourado. “Havia muita sujeira, muito galho, o que atrapalha no escoamento da água”, explica.
Ele destaca a importância do trabalho voluntário, tendo em vista a quantidade de serviços para manter a cidade em ordem e a escassez de servidores municipais.
DEMANDA
“É uma demanda muito grande e temos uma defasagem no quadro de funcionários”, observa o prefeito, ressaltando que a mão de obra carcerária atende tanto aos anseios da população quanto também auxilia no processo de ressocialização dos presos.
“Vi que tem bastante [detentos] jovens. Essa oportunidade serve para que eles possam pensar no que fizeram e voltem preparados à vida social quando pagarem por seus delitos”, finaliza Fiala.
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