Na manhã desta sexta-feira (10) cinco conselheiras tutelares tomaram posse em Botucatu (SP), após eleição, e agora vão trabalhar, buscando garantir a defesa das crianças e adolescentes – que estejam correndo algum tipo de risco, abuso ou violência.
Rosemary Cunha Carvalho, Olivia Torres Faria, Ana Paula Espíndola Rodrigues, Marta Lucia dos Santos e Nilza Aparecida Garavello são as conselheiras deste ano. Entraram agora pela primeira vez Olivia, Marta e Nilza.
Também existem as suplentes que podem ser chamadas em caso de desistência ou férias das titulares que ficarão pode 4 anos nesta gestão. O salário será em torno de R$ 2.300,00. Foram 10 inscrições, exigindo idoneidade moral, frequência no curso preparatório, acertar 50% da prova e votos. For 19 inscritos e somente 10 conseguiram passar todo processo até a eleição.
CASOS QUE ELAS IRÃO ATENDER
“Elas atenderão desde violência doméstica, psicológica, abandono intelectual ou emocional, negligência e violência sexual praticados contra criança e adolescente. Dependendo do caso podem solicitar apoio da Guarda Municipal ou da Polícia Militar. Elas nunca vão sozinhas quando há característica de risco para elas”, comenta Nilza Pinheiro dos Santos, vice-presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.
Um dos desafios é caso de denúncia sexual e nesse aspecto Nilza considera que os abusos não aumentaram e sim esses relatos agora vieram à tona por conta da informação que chega à criança por meio de palestras onde ela passa a saber o que é um abuso ou estupro. Em caso de suspeita a denúncia deve ser feita pessoalmente na Rua Cardoso de Almeida, 1026, ou pelo telefone 3811-1408. O sigilo é garantido.
Outro item importante é evitar que crianças sejam colocadas em situação de pedir esmolas, por exemplo.
Rosemary Carvalho foi reeleita para trabalhar como conselheira. “Estamos com grande expectativa, pois é uma nova equipe, todas bastante empolgadas, já que nosso trabalho é de grande importância para população. Que este conselho que hoje toma posse trabalhe com muita união e respeito”, comentou.
RISCO NEM SEMPRE LEMBRADO
A vice-presidente do Conselho da Criança e do Adolescente diz que um risco quase imperceptível é o celular e a internet onde a criança e adolescente tem acesso a tudo, inclusive o que não é apropriado à idade. “Celular não é babá e não substitui o carinho de pai e mãe. A criança não deve ter acesso ao celular a não ser supervisionada por pai e mãe ou pelo próprio computador. Muitas vezes o pai acha que a criança está em uma pesquisa para a escola e está sendo assediada. A grande responsável por tudo isso é a família que deve ter um olhar mais atento, seja na sociedade ou um parente que venha visitar em casa, principalmente se tiver menino e menina pequenos que ainda não sabem se manifestar porque a gente não sabe a índole daquela pessoa que está presente”, destaca.
Uma denúncia feita logo após campanha de prevenção em maio foi de uma criança que conseguiu compreender que o avô estava praticando abuso sexual contra ela durante as visitas em casa, por isso a mãe precisa estar atenta com quem deixa cuidar dos filhos. Escolas podem solicitar uma conversa do Conselho de Proteção que usa da linguagem da criança e do adolescente para esse bate-papo. (Do 14News).