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Burocracia poderá ser menor para empresas em municípios de pequeno porte

O Plenário do Senado aprovou em primeiro turno, na última semana, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 57/2016, que simplifica a burocracia fiscal e tributária em municípios de pequeno porte. Foram 68 votos favoráveis, não houve votos contrários nem abstenções. Agora, a PEC terá de ser discutida em três sessões antes de ser votada em segundo turno. Se aprovada na segunda votação, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

A proposta busca simplificar as exigências fiscais e tributárias dirigidas a microempresas e empresas de pequeno porte, especialmente em municípios menores.

Fruto do trabalho da Comissão de Juristas da Desburocratização (CJD), a PEC 57/2016 acrescenta dispositivo na Constituição Federal para que a definição do conceito de “pequeno município” possa ser feita por meio de lei complementar futura.

Essa lei complementar vai dispor sobre normas diferenciadas e simplificadas relativas a balancetes e prestações de contas, inclusive as relativas a convênios de cooperação técnica e financeira com outros entes federativos.

A proposta também permite a delegação de competência para que o estado em que estiver localizado município nessa condição assuma a cobrança e a fiscalização dos tributos de seu âmbito.

A PEC foi aprovada na forma do relatório do senador José Maranhão (MDB-PB), acatado como parecer pela CCJ. Ele ressalta no texto que várias das mais de cinco mil cidades brasileiras têm como fonte de receita principal o repasse do Fundo de Participação dos Municípios.

Por isso, o senador considera importante a simplificação de seus balancetes e suas prestações de contas e que estes entes passem a contar com a ajuda do estado onde estão localizados para iniciar a cobrança e fiscalização dos tributos de sua competência.

O texto aprovado também deixa explícito que normas de caráter geral aplicáveis às empresas deverão observar obrigatoriamente tratamento diferenciado e simplificado em relação às microempresas e empresas de pequeno porte.

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), as alterações promovidas pela PEC vão “agilizar o ambiente empreendedor no país”.

Já o líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que a matéria beneficia pequenos municípios e vai ajudar no desenvolvimento da economia e dos pequenos negócios e na geração de emprego e renda.

Por sua vez, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que os pequenos municípios terão um grande ganho se a PEC for aprovada. “Essa conceituação do que é pequeno município é fundamental para que a gente possa evitar, por exemplo, dar um tratamento igual para os desiguais porque isso, na verdade, é uma injustiça. O projeto vem para mostrar o que é pequeno município e fazer com que a desburocratização possa acontecer, para que os programas ocorram de uma forma muito mais rápida, fluir de uma forma realmente mais equitativa” afirmou.

Guto Borgatto que é professor e atua na área de investimentos em Botucatu falou sobre o assunto. “A PEC vem de encontro com uma necessidade de mercado que já é tentada em governos anteriores. Mas o momento creio que seja oportuno principalmente pelo nível de desemprego, gerando menos burocracia para quem busca a formalidade e uma oportunidade de retorno ao mercado.

Desburocratizar é necessário em todas as esferas do governo, principalmente no que tange o livre mercado. O livre mercado gera melhores concorrentes, amplitude de produtos e serviços e evita-se na maioria dos casos os monopólios. Eu vejo com muito bons olhos, principalmente pelo incentivo ao micro-empresário e as Startups”, comentou.

(do Agência14News com Agência Senado)

 

Redação 14 News

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