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Botucatuense traz novo relato sobre furação nos Estados Unidos

Orlando, 7 de outubro de 2016 – 7:30h

A noite foi tranquila! Ontem minha esposa Marcia fez um delicioso jantar e bebemos vinho. Assistimos os seriados favoritos de nossas filhas e ficamos acompanhando as notícias do furacão Matthew. Como as casas por aqui tem controle de temperatura resolvi sair para ver como estava lá fora. O tempo estava quente, abafado e úmido, típico desta época do ano, com uma chuva leve e sem ventos. Notei que algo estava diferente, os carros da vizinhança que normalmente ficam para fora das garagens, vocês já devem ter visto em filmes americanos que as garagens são para guardar de tudo menos carros, não estavam mais nas entradas das casas. Uma visão completamente diferente de um dia normal. As ruas estavam desertas devido ao toque de recolher.

Acordei algumas vezes durante a madrugada com o barulho da chuva batendo nas janelas devido ao vento. Choveu praticamente a noite toda. No meio da madrugada o Matthew mudou de categoria 4 para 3, pois os ventos diminuíram de 230 para 200 km/h. Acordamos hoje com o tempo totalmente coberto, escuro e chovendo. Da janela vejo as árvores balançando, mas nada tão forte que possa assustar. A diferença em relação a ontem é que agora os ventos são constantes e parecem estar cada vez mais fortes.

A cidade está parada, somente algumas viaturas da polícia rondando pelas ruas desertas procurando por pessoas que possam estar precisando de alguma ajuda. Todos estabelecimentos estão fechados e os pedágios estão liberados. Muitas famílias preferiram deixar suas casas e foram para abrigos estrategicamente espalhados pelos condados. Já conversei por mensagens com vários amigos e todos estão bem!

Neste momento o Matthew está passando próximo a Cocoa Beach, que é a praia mais próxima de Orlando, como categoria 3 e ventos de 195 km/h. O momento mais crítico para a cidade de Orlando deverá ser por volta do meio-dia. Depois o furacão vai em direção a Jacksonville e a previsão é que perca força e mude para categoria 2 com ventos de 175 km/h. A grande e mais importante pergunta agora é se o Matthew fará o “landfall”, se ele tocará o solo. Se isso acontecer ele se torna mais imprevisível ainda podendo mudar de força e radicalmente de direção, o que faria uma enorme diferença para as cidades da região.

Um último comentário: Olhei pela janela e os ventos estão cada vez mais fortes!

Bom, vamos aguardar! Um grande abraço aos familiares e amigos de Botucatu!

Marcelo nasceu em Botucatu e mora em Orlando, Flórida.

Redação 14 News

Redação 14 News

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