Depois de formar nesta semana 1.400 alunos de 21 escolas, a Polícia Militar confirmou que continuará em 2017 com o Proerd – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência. As aulas são para alunos de 10 e 11 anos que aprendem a combater a oferta da droga e dizer não às drogas.
O cabo Robson Pontes da PM falou sobre a continuidade do trabalho. “Este trabalho tem continuidade sempre na cidade. O ano que vem a perspectiva é aumentar. Porque a prevenção é tudo, tem que ser desde pequeno para eles saberem realmente o que é o mal das drogas, porque a oferta da droga virá para eles; precisam saber o que é, que é ruim e na hora certa saber falar não”, disse. “É maravilho estar com estes alunos, é algo inestimável”, completou o policial.
Desde a sua inauguração na cidade em 1995, o programa formou perto de 25 mil alunos no combate às drogas.
MÃE
Vânia Correa Ricardo que tem uma filha no 5º ano da escola Pacheco e é secretária de escola no Cambuí – a Leonor Bicudo Vicenzoto – diz que as aulas do Proerd têm reflexo dentro de casa. “Eles chegam sempre contando o que aprenderam e ensinando a gente. Isso é importante, pois a gente se preocupa e busca orientar em casa. Mas é importante a escola ensinar também, reforçando e dando mais orientações que muitas vezes os pais não têm. Mesmo longe dos pais eles precisam saber escolher as companhias e o caminho certo”, disse.
CONQUISTA
Segundo o major José Semensati Jr. esse é um trabalho que vem formando mais de 1 mil crianças por ano. “É uma continuidade de vários anos. São mais de 1 mil crianças por ano que ensinamos dizer não às drogas. É uma conquista não só da Polícia Militar mas de Botucatu”, disse o major.
Ele diz que esse trabalho continuará, pois é mantido através de uma orientação do comando da PM regional com o coronel Jorge, além dele mesmo como coordenador operacional e o capitão Cagliari na Companhia – que cuida do policiamento na cidade. Esse é um dos trabalhos pela segurança em geral. “Pretendemos manter esse ritmo de trabalho sempre visando a população. É um trabalho integrado com a Polícia Civil e a Guarda Municipal, sempre visando a população, então esse é o espírito da polícia de Botucatu”, destacou.
MISSÃO
“Estamos cumprindo a nossa missão de dar segurança no dia a dia com policiamento preventivo e ostensivo para combater o crime na nossa cidade, mas nós também procuramos desenvolver esse trabalho com crianças de 10, 11 anos para se evite realmente das pessoas entrarem nas drogas porque é um mundo difícil que destrói famílias. A gente vê famílias destroçadas diariamente nas ruas. Então, a gente busca (consequentemente) com isso a prevenção criminal; e busca a aproximação das crianças com o policial militar para que elas evitem o uso do entorpecente”, disse o capitão da PM, Alexandre Cagliari.
VONTADE DE AMPLIAR AS AULAS
O capitão ainda falou da sequência do programa. “Nós trabalhamos com um efetivo reduzido infelizmente. A gente gostaria de ampliar a quantidade de anos que as crianças ficam sobre a orientação do policial militar, mas infelizmente nós não conseguimos em virtude do efetivo que nós temos aqui. Mas para o ano que vem as metas vão continuar a acontecer e a gente vai continuar com esse programa que é muito importante para a cidade. Ele vai continuar. É um compromisso que eu assumo com a cidade. A gente tem noção que isso traz uma significativa redução de pessoas que consomem entorpecentes. Costumo estar falando que a Polícia prende todos os dias 2 ou 3 traficantes na cidade. Isso pra gente não é o mais importante, mas sim que as pessoas evitem de usar entorpecente porque depois que entram nesse mundo é realmente uma situação lastimável e não se conseguem mais sair”, comentou Cagliari.
ALUNA
Lavinia é uma aluna do Proerd na escola Pacheco. “A gente aprende que droga é uma coisa muito errada, que não pode usar. Faz muito mal para a saúde, a gente pode morrer. Tem muita gente que oferece isso pra gente, mas tem que rejeitar”, disse.
(Do Agência14News)