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Após 38 anos, manicure de Botucatu encontra mãe e família na divisa com Minas Gerais

A manicure Maura de Oliveira Aguiar, aos 39 anos, teve uma grande mudança em sua vida. Moradora de Botucatu, no Jardim Bandeirantes, onde também ajuda o marido em uma oficina, e cuida em casa de três filhas – de 16 e duas de 9 anos -, conheceu agora com ajuda da polícia, sua mãe, Isabel, de 73 anos, de quem não tinha convívio desde muito pequena.

 

Trabalho de apuração foi minucioso e passou por fazendas

Segundo o policial Vitor da DIG de Botucatu, a Maura foi separada da família muito nova, ainda pequena, há cerca de 38 anos. No início do mês de agosto a manicure contou sua história e pediu ajuda ao policial que encontrasse a sua família. O único documento que ela tinha em mãos era uma cópia da sua certidão de nascimento.

O que foi se descobrindo é que Maura nasceu no vilarejo de Vila Funchal, no município de São Gotardo, em Minas Gerais.

“Iniciei as buscas da família através de contatos telefônicos com o cartório e a delegacia de polícia da cidade de São Gotardo. Através deles, consegui um contato de um morador da Vila Funchal. Perguntei para esse morador sobre o eventual paradeiro dos familiares de Maura, porém não obtive respostas satisfatórias. Aquele morador disse que a vila é muito pequena e sem recursos, e que os moradores antigos migraram para cidades maiores”, conta.

O policial reiniciou as buscas pelo Estado de São Paulo e através dos meios eletrônicos disponíveis. Encontrou no “Sistema Alpha” da polícia várias pessoas que tinham a mesma filiação da moradora de Botucatu.  Após analisar as fichas de identificação dessas pessoas, o policial verificou que algumas eram nascidas na cidade de São Gotardo. “Visualizei a foto dessas pessoas (três mulheres e um homem), e embora fossem fotos antigas percebi bastante semelhança fisionômica entre estas pessoas com Maura”, cita o policial.

Nestas fichas, coincidentemente, existiam endereços antigos de fazendas, todas na cidade de Pedregulho (SP). Através da delegacia de polícia de Pedregulho obtive-se o contato do proprietário da fazenda chamada Nossa Senhora Rosário, umas das citadas por estas pessoas.

Em contato com o senhor José Orlândio, proprietário dessa fazenda, o policial civil de Botucatu perguntou sobre uma pessoa chamada “Glória Oliveira” (irmã). Ele disse conhecer essa pessoa e sua família, e que todos atualmente moravam no distrito de Alto Porã, município de Pedregulho. E que Glória trabalhava na “Fazenda Casarão”.

Depois, em contato Rosana, administradora da fazenda casarão, ela confirmou que Glória Oliveira trabalhava na fazenda há muitos anos, mas que estava em férias. Assim, ela forneceu o telefone celular de Glória. Ali deu para confirmar que em cidade pequena todos se conhecem.

“A partir daí passei a ter certeza que se tratava da família de Maura. Fui até a casa dela e pedi para que a própria fizesse contato com Gloria. Ambas conversaram por alguns instantes e Maura finalmente encontrou a sua família. Naquele momento já conversou com a sua mãe e suas irmãs. Presenciei uma explosão de euforia dela”, cita o policial.

Por conta da ansiedade de Maura, já no dia seguinte (sábado, 20/08) Maura, as filhas e o marido, com o policial foram até a casa da mãe de Maura e das suas irmãs, no distrito de Alto Porã, município de Pedregulho- SP. Entre Botucatu e Alto Porã são 380 kms de distância.

 

Redação 14 News

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