A ação da Cuesta Limpa que vai até pontos naturais de Botucatu, retira lixo e tenta conscientizar as pessoas do que se está se encontrando nas áreas verdes da cidade. Neste domingo (16), foi realizada a 3ª etapa das ações da 2ª Edição da Campanha Cuesta Limpa 2016 no Vale do Aracatu, localizado atrás dos bairros Comerciários e Jatobá.
No local, em 2 quilômetros percorridos, foram encontrados 11 sacos de lixo de materiais como garrafas plásticas, embalagens diversas de lixo doméstico que poderia estar sendo reciclado. O início do recolhimento foi na nascente localizada no final da Rua das Cerejeiras seguindo até a 1ª ponte, na estrada do Aracatu.
A ação de limpeza foi realizada pelo Grupo Aventureiros do Túnel em parceria com AAVA (Associação dos Amigos do Vale do Aracatu). As ações do Cuesta Limpa são promovidas pelo COMUTUR (Conselho Municipal do Turismo) com apoio da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Turismo e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e também faz parte do Programa mundial “Clean up the World”.
Segundo Nica – Antonio Carlos dos Santos – responsável pelo Grupo Aventureiros do Túnel, foram retirados 3 sacos em uma das nascentes, e 7 sacos de lixos nas margens e dentro do córrego, totalizando 11 sacos. O recolhimento contou a presença de 18 voluntários.
SOBRE O VALE
O Vale do Aracatu está situado no reverso da Cuesta Basáltica do município. Possui um elevado potencial turístico com mirantes e cachoeiras. As águas do córrego Aracatu contribuem para formação das Cachoeiras do Aracatu I e II e da Cachoeira da Indiana. Além, da importância turística, a região possui papel fundamental na manutenção do equilíbrio ecológico e hidrológico.
“As águas do córrego auxiliam na recarga do Sistema Aquífero Guarani, além de ser fonte de sustento de inúmeras famílias de agricultores locais. A região está dentro da Zona de Amortecimento do Parque Municipal Cachoeira da Marta e da Área de Proteção Ambiental Corumbataí – Botucatu – Tejupá (APA). Portanto, a recuperação, preservação e o reflorestamento das nascentes e das margens do córrego são imprescindíveis”, ressalta Fillipe Martins (presidente da AAVA).
RISCO DE DOENÇAS
Patrícia Shimabuku é farmacêutica, professora e integrante dos dois grupos. Ela faz algumas considerações sobre a ação realizada: “O descarte inadequado dos resíduos urbanos em qualquer local, que não seja a lixeira, é inadmissível. O município possui coleta de resíduos urbanos, coleta que é realizada regularmente. 90% dos materiais recolhidos são considerados recicláveis. O município possui, também, pontos estratégicos para entrega voluntária de recicláveis (PEV), lixo eletrônico e pneus. 90% dos materiais recolhidos poderão ser reservatórios de água, consequentemente, serão possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças, como a Dengue e Chikungunya. A problemática do lixo é muito ampla, além dos impactos ambientais, da “feiura” observada nos mirantes e cachoeiras, possui também, os sérios impactos na promoção de saúde individual e coletiva e nos orçamentos públicos”, disse.