19 de abril de 2024
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Sindicato paralisa obra particular após encontrar situação precária em alojamento dos trabalhadores

O Sindicato da Construção Civil de Botucatu paralisou uma obra de quitinetes na manhã desta quinta-feira (20), no Bairro Alto, em Botucatu.

Segundo as informações do sindicato, o problema é relacionado às instalações inapropriadas para os funcionários, como o banheiro, além de cozinha e quarto juntos, que apresentam situações precárias. “No local não existe nem geladeira e os alimentos ficam estragando. Não queremos paralisar obras, mas a situação encontrada aqui é revoltante de ver”, disse José Luis da Fernandes, diretor do Sindicato.

Nesse mesmo local, diz o sindicato, também não existe placa informando quem é o engenheiro responsável.

Na obra estão sendo construídas 48 quitinetes em 4 andares. No começo da manhã, após visita do sindicato, os trabalhadores cruzaram os braços.

O sindicato também esclareceu que o empresário foi comunicado do problema, teve prazo para resolver o caso – de 3 a 20 de outubro, mas não cumpriu com a data estabelecida. Por isso, não restou outra solução senão de paralisar a obra.

A reportagem entrou em contato com o empresário responsável pela obra, que é de São Paulo. Por telefone, ele disse que estaria em Botucatu ainda nesta mesma quinta-feira e faria as mudanças solicitadas pelo sindicato para atender os trabalhadores.

As pessoas que estão trabalhando no local são da Capital Paulista; e apenas um deles é de Botucatu.

O CASO NÃO É ISOLADO

Segundo José Luis Fernandes, do sindicato da construção, hoje dos 4 locais visitados por dia – entre novos casos e retornos às obras – cerca de 80% ou mais das construções existem irregularidades. Algumas são empresas que prestam serviço para prefeituras como de Botucatu e região, mas nem sempre existe um acompanhamento das condições de trabalho dos funcionários dos canteiros de obras.

Como o caso de Botucatu, o sindicato notifica a empresa, avisa a Vigilância Sanitária e Unidade da Saúde do Trabalhador, que tomam as providências como de orientação com prazo de regularização ou multa. Já o Ministério do Trabalho, o sindicato alega que por falta de fiscais, não tem enviado equipes de sua unidade regional de Bauru.

Na região de Botucatu são 1.400 associados ao sindicato, e ao todo, o número de trabalhadores na área chega a 3.500 pessoas.

(Do Agência14News).

Redação 14 News

Redação 14 News

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