Cerca de 50 funcionárias da fábrica da Staroup fizeram um protesto na antiga sede da empresa, localizada na avenida Dante Delmanto, em Botucatu, na manhã deste sábado (03), por ainda não terem recebido seus direitos trabalhistas.
De acordo com as primeiras informações passadas à equipe do Agência14News, algumas pessoas trabalharam na empresa desde 2003 a 2012.
A empresa da indústria têxtil, que começou a atuar como Staroup, depois que os problemas apareceram, mudou de nome por diversas vezes, até entrar em falência em março de 2012 A situação de quase 800 ex-funcionárias, somente de Botucatu, sem contar outras em Avaré, ainda está em processo judicial.
“Tudo da empresa foi vendido, o imóvel está alugado e não sabemos qual a situação desse dinheiro que entra e ficamos sem ter a nossa situação resolvida. A maioria dessas pessoas conseguiu voltar ao mercado de trabalho, mas algumas continuam desempregadas. Essa manifestação é para ver se conseguimos uma resposta dessa situação que está parada”, explicou Adalgisa Ferraz Antero.
“Eu trabalhei onze anos na empresa e ainda tenho metado do décimo terceiro salário do ano em que eu saí para receber. O advogado que ficou aqui quando saímos, nos disse que o chão de fábrica não ficaria descoberto, mas nós ficamos jogados, sem respostas, sem nem saber quais os nossos direitos, com os bancos tendo mais direitos de receber que a gente. A minha sorte é que eu consegui me aposentar logo depois, mas quero justiça e receber pelos meus direitos”, comenta revoltada Sonia Maria Cardia, que trabalhou por 11 anos na empresa e tem cerca de 18 mil reais para receber da empresa, de acordo com a sua advogada.
A indignação das ex-funcionárias é com uma nova lei, dizendo que os fornecedores e os bancos têm o direito de receber os valores em aberto antes dos funcionários, de acordo com o advogado que cuida do processo.
Sonia Maria pede a união de todas as pessoas envolvidas nesse processo para que juntos lutem por esses direitos e consigam receber o que lhes é devido desde que a empresa declarou falência, para isso convoca todo mundo para uma nova manifestação na próxima semana, na praça Emílio Pedutti (do Bosque) a partir das 10 horas da manhã de sábado (10).
