A Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu, por meio da Vigilância Ambiental em Saúde e da Unidade de Vigilância de Zoonoses, acompanha dois casos de cães com Leishmaniose Visceral na região Norte do Município.
Ainda não há registros da presença do vetor da doença em Botucatu, o Mosquito Palha, mas por conta destes dois casos, a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN), fará uma varredura na cidade.
“Não se pode afirmar que os casos sejam autóctones, isto é, que os animais tenham adquirido a doença em nossa cidade, pois um deles foi adotado da rua, já na fase adulta, e o outro veio ainda filhote de uma região onde há incidência da doença. Agora o trabalho funciona da seguinte maneira: instalamos armadilhas na região do domicílio destes animais, na tentativa de identificar a presença do mosquito responsável pela transmissão da doença”, afirma Valdinei Campanucci, Supervisor de Serviços de Saúde Ambiental e Animal.
Durante a Campanha de Vacinação Antirrábica, a Unidade de Vigilância de Zoonoses, em parceria com Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu, realizou a colheita de sangue de vários cães da região onde ocorreram os casos, para análise de outros possíveis portadores da doença.
“Como não há a presença confirmada do vetor responsável pela transmissão da doença no Município, aguardaremos os resultados da pesquisa da SUCEN e a análise do material colhido dos cães durante a campanha antirrábica, para definirmos as ações de vigilância e controle desta enfermidade”, completou o Secretário Municipal de Saúde, André Spadaro.
Leishmaniose Visceral
É uma doença transmitida pela picada do inseto flebótomo, popularmente conhecido como Mosquito Palha. Nas áreas urbanas dos municípios com transmissão de Leishmaniose Visceral, os cães são os principais reservatórios do protozoário causador desta doença. O vetor se infecta ao picar o animal doente e transmite a doença ao picar o cão ou ser humano sadio.
Os sintomas nos cães são: emagrecimento progressivo; aumento dos gânglios linfáticos; úlceras e descamação da pele do animal; crescimento exacerbado das unhas; anemia; atrofia muscular e sangramento nasal. Ao aparecimento de quaisquer sintomas característicos de Leishmaniose, o animal deverá ser conduzido ao médico veterinário, pois se houver a confirmação da doença, várias ações de vigilância e controle serão desencadeadas pelo poder público.
Os principais sintomas da Leishmaniose Visceral no homem são: febre intermitente com semanas de duração; fraqueza; perda de apetite; emagrecimento; anemia; palidez; aumento do baço e do fígado; comprometimento da medula óssea; problemas respiratórios; diarreia; sangramentos na boca e nos intestinos. Não há relatos de casos de transmissão de Leishmaniose Visceral Humana em Botucatu.
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(com Assessoria de Imprensa)