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Risco em mata, rios e cachoeiras: é preciso mapear início e fim de trilhas para evitar novos acidentes

Na noite dessa sexta-feira (21), grupos de passeios e caminhada e demais convidados participaram de uma palestra no quartel do Corpo de Bombeiros, onde foi explicado sobre os cuidados que se deve ter na hora de fazer um passeio na mata. Uma das colocações de grupos de caminhadas é que haja mapeamento das trilhas para evitar novos acidentes.

Recentemente uma jovem machucou o pé em uma cachoeira, rolou em um barranco e teve que ser resgatada pelo SAMU, bombeiros e guia de turismo da cidade. O local era de difícil acesso e a retirada da moça exigiu um trabalho intenso durante a noite.

Na palestra também falou-se sobre os cuidados com afogamentos, pois nessa época em que se alterna para temperaturas bastante altas, as pessoas procuram mais os rios e cachoeiras, pontos que são bastante perigosos, com buracos onde a pessoa pode afundar e morrer. Geralmente usa-se bebida alcoólica e consequentemente a noção de perigo fica menor, momento em que os banhistas se arriscam mais.

Quanto aos passeios, os bombeiros citaram que passeios por áreas verdes como na Cuesta de Botucatu devem ser planejados e com alguém que conheça o local, sabendo o caminho de ida e volta, calculando o tempo, pois ocorre das pessoas quererem  esticar o trajeto para outro atrativo e acaba escurecendo. Nesse caso, voltar para a casa vira uma missão complicada à noite.

Falou-se ainda de itens como lanterna, apito para pedir ajuda, celular com localizador acionado, e tomar cuidado com o tipo de roupa que permita se movimentar, mas que proteja os pés e o corpo como calçado adequado, por exemplo.

O trabalho faz parte da Campanha “Viva Verão” que previne afogamentos e acidentes nessa época do ano. Escolas e instituições, bem como pedágios educativos fazem parte da ação voluntários dos bombeiros e demais parceiros.

GRUPOS PARTICIPARAM DA AÇÃO

O grupo Aventureiros do Túnel que realiza caminhada nas inúmeras trilhas da Cuesta também participou da palestra “Viva Verão” conduzida pelo sargento Claudenir Celestino, no Posto dos Bombeiros do município de Botucatu.

O objetivo da palestra foi de conscientizar os integrantes do grupo sobre os riscos de afogamentos e como os mesmos podem ser evitados.  Além da temática “afogamento”, o sargento Celestino ressaltou a importância do planejamento para a realização das trilhas.

“Para a realização das trilhas, o cidadão deverá pesquisar informações sobre o local (atrativos, dificuldades no percurso). Nunca realizar o trajeto sozinho, sempre em grupo e acompanhado por integrantes experientes. Planejar a duração da trilha (horário de início e retorno). Sempre deixar alguém avisado. Celular com bateria carregada. Ter o número do telefone para solicitação de socorro. Uso de alguns equipamentos como GPS, lanternas e apito”, orienta sargento Celestino.

O uso de vestimentas e calçados adequados para a prática esportiva, hidratação e alimentação foram abordados. Indivíduos alérgicos deverão obter orientações médicas para realização de caminhadas em meio à natureza.

ALGUMAS DICAS

“Para a realização das caminhadas, faço o reconhecimento do trajeto, dias antes da data de realização, além do pedido de autorização para o proprietário ou administrador, caso o trajeto seja dentro de propriedades particulares. Os integrantes do grupo preenchem uma ficha com informações sobre saúde e quem comunicar em caso de acidentes” – diz Nica, responsável pelo Grupo Aventureiro do Túnel.

É a segunda vez, que os Aventureiros do Túnel participam de palestra para orientações de primeiros socorros e condutas preventivas em trilhas, orientações e condutas em casos de afogamentos. Estas informações, diz a organização, são de grande valia para qualquer indivíduo que realiza atividades em ambientes naturais. Segundo o Grupo, o planejamento deve ser seguido à risca e todo e qualquer tipo de resgate em meio à natureza torna-se mais dificultoso pelos obstáculos naturais. Além de exigir equipe e equipamentos especializados.

É PRECISO DEFINIR ESTRATÉGIA

Patrícia Shimabuku, integrante dos Aventureiros e da AAVA (Associação dos Amigos do Vale do Aracatu) acrescenta: “Precisamos padronizar o nome das trilhas, mapear o início e término do trajeto, definir alguns pontos de apoio em casos de acidentes, caracterizar o grau de dificuldade e acessibilidade. Com estas e outras informações, criar um banco de dados. Informações que serão úteis para as equipes de suporte básico de vida, cidadãos botucatuenses, turistas e organizadores de eventos”.

A palestra contou a participação de alunos dos cursos de Técnico em Segurança do Trabalho e Bombeiro Civil do SENAC.

Além do Corpo de Bombeiros, também estão envolvidos na campanha o SAMU, a Defesa Civil, a Sobrasa, a Prefeitura Municipal e o COMUTUR.

(Cristiano Alves de Souza – Do Agência14News – com assessoria/ Patricia Shimabuku)

Redação 14 News

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