Na tarde deste domingo (31), o PSOL confirmou em Botucatu os nomes do publicitário Daniel Carvalho e o advogado Gustavo Bilo para concorrerem à Prefeitura nas eleições de outubro. Também haverá um nome na disputa à Câmara Municipal.
“Estamos muito felizes com o trabalho que estamos fazendo há muito tempo. O PSOL de Botucatu existe e está consistente há muitos anos. Nós temos aqui filiados de 2007, 2008, que estão acompanhando a luta que estamos fazendo. Um trabalho de rua e de rede social que está muito intenso e com movimentos como feminismo, bem como valorização do transporte coletivo, valorização da saúde e dos professores, a inclusão dos estudantes e o principal: é como a gente descentraliza a nossa política, como a gente dá abertura para todos, e como a gente debate a vontade de todos”, disse Daniel Carvalho.
Durante a convenção que foi realizada na casa de Daniel Carvalho, na região da “Vila dos Médicos”, filiados e apoiadores da campanha estiveram no evento que teve presenças como José Francisco Brant de Carvalho, um dos militantes políticos mais tradicionais, além de apoiadores como Marcos Ferraz que terá o irmão como candidato a vereador, e Vanessa Ito, presidente do PSOL local. Os pais, o Carvalho do ramo de padaria e a mãe de Daniel, Carmen, viram tudo de perto.
Durante o evento, Gustavo Bilo diz que esse é um momento importante e que não terá um exército de pessoas pagas no trabalho de rua, mas uma atuação com militantes. “Costumamos dizer que nos coligamos com as pessoas. É nessa base que vamos buscar apoio nessa campanha”, disse.
Vanessa Ito disse que é preciso um olhar para a sociedade para atender a maioria e a todos. “O que é público é a base de tudo”. Ela falou na base para melhorar a vida das pessoas. “Não é preciso trabalhar só pela sobrevivência. A gente não tem que só viver para trabalhar, mas trabalhar para viver. A gente também precisa de lazer, de convivência social, e uma série de outras coisas…”, incluindo que não está bom para todo mundo no modelo atual.
Carvalho, ao falar aos presentes, disse que a política é coisa de pessoa comum “além do terno de gravatas”, e que é preciso dar voz a todos, dando direito à saúde, à educação, ao transporte, moradia, que são constitucionais. E que política como passe livre, diz ele, não é eleitoreira, mas que gera liberdade à pessoa ir à escola ou à casa de um parente.
Defendeu que nas praças tenham profissionais como de educação física e lazer para efetivar sua função. E falou da possível proibição do uso de álcool em espaços públicos que vai na contramão do PSOL, que segundo ele é uma “solução fácil” de se tentar resolver o problema. Sendo que a rua deve ser para as pessoas se divertirem. E que a política é que empodera cidadãos para que eles tomem rédeas da própria vida, cobrando e acompanhando o governo.
Hoje, diz ele, se pede uma informação ao poder público, mas a resposta muitas vezes se dá como um favor, mas poderia estar muito mais acessível ao cidadão como em um aplicativo.
Uma das bandeiras do partido neste ano será brigar para que o salário mínimo o pagamento dos vereadores.