Nesta semana, o médico Paulo Machado que assumi em julho de 2017 a Fundação UNI – entidade que presta serviços da saúde à prefeitura de Botucatu e em São Manuel – disse que está se usando um remédio amargo para a instituição salde dívidas e saia do vermelho.
Entre as iniciativas houve algumas dispensas, melhor planejamento das datas de compra de medicamentos e readequação financeira. Também foram canceladas férias de alguns funcionários para que equilibrando melhor as finanças isso possa ser normalizado em breve.
“Nós não estamos tomando essas medidas da nossa cabeça. Queremos acertar a Fundação, deixar ela competitiva para chegarmos em setembro e ganharmos o certame (chamamento público que vai definir a OS – Organização Social que prestará o serviço na saúde em Botucatu). São readequações dolorosas, mas para sermos competitivos”, disse Paulo Machado.
Pela lei, a cada 5 anos deve ser feito um chamamento para definir entidade que vai assumir o serviço prestado à prefeitura. Isso ocorre porque o poder público municipal não consegue sozinho atender em todos os serviços até pelo limite de contratações por concurso.
FUNCIONÁRIOS
Ele afirmou que existiram 4 reuniões com chefes de setor para mostrar as medidas que estavam sendo tomadas e evitar polêmica ou informação incorreta circulando nas unidades de saúde.
“Estamos tendo uma reestruturação dos serviços. Alguns a prefeitura vai assumir. Eu não tenho como ficar com determinado tipo de funcionário se não vou ter mais prestar esse serviço, mas tudo está sendo avaliado caso a caso. Por exemplo, agora está sendo feita a restruturação da central de ambulâncias. É uma medida amarga. Será feita de forma gradativa de acordo com o que a prefeitura vai nos repassando (as mudanças)”, cita.
FGTS/ FÉRIAS
Sobre o Fundo de Garantia que parou de ser pago Paulo Machado destaca que foi feito o parcelamento da dívida que está sendo paga. Também vem sendo regularizado o caso de não recebimento de férias.
Quanto a mais possíveis demissões ele respondeu: “Se a prefeitura assumir um serviço e me devolver meu funcionário, como alguns cargos são muito específicos, eu não tenho como realocar ele na Fundação. Aí essa pessoa será demitida”.
A Fundação também está tentando um certificado de Filantropia para pagar menos impostos o que dará um peso importante em busca de um fôlego financeiro.
Falando em continuar no serviço a partir de outubro Paulo Machado diz que está otimista nas chances da Fundação UNI. “Temos grande chance, mas para isso temos que readequar os nossos serviços, reestruturá-los e assim continuar prestar serviços”.
NOVO PROCESSO SELETIVO?
Não se sabe ainda no caso de outra OS assumir o serviço se haverá necessidade de novo processo seletivo, mas acredita que sim. Ao mesmo tempo o secretário da saúde, André Spadaro disse ao site Agência14News que pelo menos no primeiro momento quem for atuar (se a UNI sair) não terá como assumir todo o serviço sem aproveitar o atual quadro.
AUDITORIA
Paulo Machado diz que houve uma apuração da situação financeira da UNI quando ele assumiu e a constatação foi preocupante no tocante a dívidas. “Quando assumi eu li uma auditoria aqui na casa. Eu li uma autoria em dois ou três dias. Era uma situação difícil de trabalhar. A gente teve que tomar algumas atitudes para que isso fosse sanado. Culminou com atitudes que estamos tomando agora”.
A Fundação tem hoje, 553 funcionários, sendo a maior parte em Botucatu e a minoria em São Manuel. Presta serviços em lugares como postos de saúde, central de ambulâncias e SAMU.
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(Do Agência14News com Rádio Municipalista).