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Mulher que teve contato com o filho vindo da China saiu de casa sem praticar quarentena

Uma paciente compareceu ao AME – Ambulatório Médico de Especialidades depois de ter contato com o filho vindo da China.

Ela teria informado na hora de ser recebida que teve sintomas logo após o filho chegar de fora e hoje estava com dor-de-cabeça.

Denúncia: “Gostaria primeiramente de pedir sigilo sobre minha identidade.
Estou no AME de Botucatu e gostaria de passar uma informação. Hoje pela manhã chegou aqui uma paciente que veio para fazer exame de tomografia, por volta das 7h30 da manhã. E a mesma estava sem proteção nenhuma. Ela contou para equipe de enfermagem que o seu filho chegou da China dia 1 e depois disso ela teve os sintomas do Covid-19: febre, tosse e etc. Colocaram essa mulher numa sala de apoio isolada e estão esperando uma posição da Unesp que já foi avisada sobre a situação. Já são 13h00 e ninguém fez nada ainda a respeito. Estamos nós aqui a mercê dessa situação. Uma outra paciente chegou de São Paulo ontem – que foi visitar um parente que está com coronavírus. Estão difíceis as coisas aqui”.

Não chegou a ser comentado se essa mulher informou a rede de saúde antes do seu contato com o filho vindo da China.

RESPOSTA

A “Organização Social de Saúde (OSS) Andradina” que cuida do serviço em Botucatu informa que uma mulher foi realmente até o AME, mas segundo a direção ela não apresenta hoje os sintomas. A OSS informa que está seguindo os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) de colocar máscara se a pessoa estiver com os sintomas. Foi feita consulta e não foi constatado suspeita de Covid-19. Ela foi colocada em uma sala isolada devido ao fato de ter tido contato a uma pessoa que veio da China. No AME havia 19 pacientes. A assessoria ainda coloca que se colocou a distância de um assento livre para distância dos pacientes nos bancos e a limpeza é feita para evitar problemas.

Já o isolamento serve para separar pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infecção e transmissão. Neste caso, é utilizado o isolamento em ambiente domiciliar, podendo ser feito em hospitais públicos ou privados.

Ainda segundo a norma do Ministério da Saúde, o isolamento é feito por um prazo de 14 dias – tempo em que o vírus leva para se manifestar no corpo – podendo ser estendido, dependendo do resultado dos exames laboratoriais.

Casos suspeitos que estão sendo investigados também devem ficar em isolamento. Se o exame der negativo, a pessoa é liberada da precaução.

“O isolamento não é obrigatório, não vai ter ninguém controlando as ações das pessoas. Ele é um ato de civilidade para a proteção das outras pessoas”, orientou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira. Já a quarentena, segundo o Ministério da Saúde, é uma medida obrigatória, restritiva para o trânsito de pessoas, que busca diminuir a velocidade de transmissão do novo coronavírus. Ambas são medidas de saúde pública consideradas fundamentais para o enfrentamento da pandemia e Covid-19.

Viagem
Desde 13 de março, o Ministério da Saúde incluiu todos os viajantes internacionais na lista de pessoas que devem ficar isoladas. Ao retornarem, eles precisam permanecer em casa por sete dias. Se febre com tosse e falta de ar surgirem, a recomendação é procurar uma unidade de saúde. Se a pessoa manifestar apenas tosse, ou coriza, ou mal-estar, ou febre, uma opção é ligar para o 136 para que uma equipe de saúde passe as devidas orientações.

Antes mesmo dessa determinação do Ministério da Saúde, a servidora da Câmara dos Deputados Keila Santana foi orientada a trabalhar de casa depois de que, no último dia 10, chegou de Portugal com os dois filhos de 5 e 8 anos. “Fui informada pelo meu chefe sobre o ato do presidente da Câmara dos Deputados que, entre outras medidas, determinou o isolamento por 14 dias de pessoas que chegam de viagens ao exterior. Só no meu setor, somos cinco nessa situação”, disse.

Higiene
Para evitar a disseminação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas. Lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo.

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Redação 14 News

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