O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o SISEM (Sistema Estadual de Museus de São Paulo) e a Prefeitura de Botucatu, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, promovem no próximo dia 07 de março (sábado), às 19 horas, na Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu, a abertura da exposição “Luso Afro Brasil – Encontros: Arte, História e Memória”.
Com curadoria de Emanoel Araujo, diretor do Museu Afro Brasil, a mostra, a maior exposição itinerante já promovida pela instituição paulistana dentro do Estado de São Paulo, reúne aproximadamente 400 obras de artistas brasileiros, portugueses e africanos entre pinturas, fotografias, esculturas, gravuras, documentos históricos e outros objetos do século XVIII até os dias atuais.
“Rever a questão da memória é o que se propõe nesta exposição. A memória negra no Brasil, negras memorias das três culturas desse encontro entre portugueses, africanos e afro-brasileiros. Essa exposição é mais que um relato, é uma procura por revirar a nossa história, a nossa arte, a nossa memória. Ela é uma homenagem aos os homens e mulheres negras desse país, mesmo a despeito das marcas indeléveis da escravidão”, afirma Araujo.
Maior instituição do país dedicada a documentar, preservar e exibir a produção artística do negro brasileiro, o Museu Afro Brasil é conhecido por reunir em seu acervo memórias, lembranças, imagens de orgulho, sofrimento, conquista e competência dessa população que formou a nação brasileira, e é este o recorte que poderá ser visto em Botucatu, a partir da produção de um seleto grupo de artistas, entre eles: Adenor Gondim, Agnaldo Manoel dos Santos, Anízio Carvalho, Antônio Bandeira, Antônio Firmino Monteiro, Aleijadinho, Arthur Timótheo da Costa, Aurelino dos Santos, Benedito José Tobias, Caetano Dias, Emmanuel Zamor, Emanoel Araujo, Estevão Roberto da Silva, Eustáquio Neves, Firmino Monteiro, Heitor dos Prazeres, Isabel Mendes da Cunha, Isabel Muñoz, João Alves, Jorge dos Santos, José de Dome, José Teófilo de Jesus, Kifouli Dossou, Luiz Paulo Lima, Manoel Messias dos Santos, Maria Auxiliadora, Mestre Valentim, Militão Augusto de Azevedo, Modesto Brocos, Otávio Araújo, Pierre Verger, Rubem Valentim, Walter Firmo, Xavier das Conchas, Yedamaria, Edival Ramosa, Madalena Schwartz, Noemisa Batista dos Santos, Cyprien Tokoudagba, Sidney Amaral e Manuel Correia.
“Se o Brasil conseguiu ser indiferente aos danos causados a seus filhos negros, os próprios negros desse país – os que vieram da África e os que aqui nasceram de pais e avós brasileiros – deram a mais generosa contribuição para a construção da América, alimentando o poder e o luxo dos escravocratas locais, que extraíram o ouro e o diamante e fizeram a riqueza do Velho Mundo. O mesmo ouro que expandia a prosperidade e o luxo que reluzia nos tempos de Dom João V e do Marques de Pombal, foi que reconstruiu Lisboa do terremoto de 1755. Daqui, do período Colonial saiu o açúcar dos poderosos engenhos do Nordeste, assim como o gado, o fumo, a madeira e o café”, enfatiza Araujo.
A exposição Luso Afro Brasil – Encontros: Arte, História e Memória fica em exibição na Pinacoteca Fórum das Artes de Botucatu até o dia 13 de setembro.
Serviço
Pinacoteca Fórum das Artes
Rua General Telles, 1.040 – Centro
Horário de funcionamento: de quarta a sexta-feira das 8h30 às 17 horas; aos sábados, domingos e feriados das 11 às 17 horas.