Aproximadamente 300 dos mais de 750 funcionários da Duratex fizeram um protesto na tarde desta sexta-feira (09), no sindicato da categoria, em Botucatu.
Segundo o sindicalista José Luis Fernandes, a negociação está acontecendo desde julho, data-base da empresa, quando foi feita uma pauta de reivindicação. Desde essa época a contraproposta não foi aceita pela maioria dos trabalhadores.
“Desde aí o sindicato vem negociando com a empresa com reuniões ou pela TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas onde a gente faz a mesa de conciliação. Só que na semana passada a empresa veio aqui e ela colocou uma questão – até por causa da greve que fizemos lá em 2014 – a empresa tinha um turno de 180 horas de revezamento, ela simplesmente passou esse turno fixo para 220 horas, só que diante da situação, como os funcionários eram horistas com a carga de 220 tinham que ganhar por isso. Só que ela passou uma lista para mensalista, aí o funcionário foi trabalhar 220 horas e recebe como 180 horas. Então o trabalhador está perdendo 40 horas”, disse José Fernandes.
Por conta desse aumento de trabalho ele informa que o sindicato entrou com uma ação trabalhista para que os funcionários recebam pela diferença das 40 horas. Mas ele diz que a empresa vinculou esse processo ao reajuste. “Ela disse que mantinha a proposta dela se o sindicato retirasse a ação das 40 horas, só que isso o sindicato não vai fazer porque é um processo e não tem nada a ver com o acordo coletivo a ser fechado com a empresa”, afirma Fernandes.
Na terça-feira (13) o sindicato tem uma nova mesa redonda no TRT de Campinas. Se não der acordo vai para julgamento do caso no dissídio coletivo. “Bateu desespero na empresa que colocou os trabalhadores dentro do ônibus e mandou 300 pessoas para pressionar a diretoria do sindicato para retirar o processo das 40 horas. Foi por pressão, alegando que se (o sindicato) não fechar o acordo a empresa vai demitir todo mundo. O trabalhador quer manter seu trabalho e nós estamos aqui para representá-lo”, alegou o sindicalista.
A reportagem do Agência14News tentou ouvir os trabalhadores que preferiram não dar entrevista. “Quem tem que falar é o sindicato ou a empresa”, comentou um trabalhador que estava em frente à sede do sindicato da construção e do mobiliário na região central da cidade.
A Guarda Municipal foi chamada e acompanhou o protesto que não teve registro de confusão.
A assessoria de imprensa da Duratex foi procurada também durante a tarde. A reportagem aguarda resposta.
(Do Agência14News)