Fabíola Rosa, proprietária das empresas BilaBiloca e Retecer, em Botucatu, começou a fazer máscaras em tecido, atendendo a pedidos de clientes que não encontravam o produto desde que a pandemia do novo Coronavírus chegou ao Brasil.
Vendo a necessidade de muitas pessoas que precisavam das máscaras, decidiu pegar os tecidos em seu Ateliê e colocou toda a sua equipe para atender aos pedidos, para costurar e entregar as máscaras.
Com o decreto municipal para fechar o comércio em Botucatu a partir do dia 23 de março, teve que se reestruturar para manter o seu negócio funcionando.
“Passamos a trabalhar em home office, levamos tecidos, móveis e máquinas do ateliê para a casa da Géssica, responsável pelo corte das peças. As costureiras Vera e Márcia, que trabalhavam tanto no Ateliê quanto em suas casas, ficaram exclusivamente em domicílio. A Bruna, que também de sua casa, passou a cuidar do nosso marketing e a atender os clientes que chegam pelas redes sociais, além do Marcelo, responsável pela logística da entrega dos pedidos”, explica Fabíola.
Com o surgimento de novos casos da Covid-19 a cada dia, viu a demanda dos pedidos aumentar, inclusive para outras cidades da região e até para outros estados brasileiros.
Desde o início, não via sentido apenas em fazer as máscaras para vender, precisava de algo a mais, queria ajudar o maior número de pessoas possíveis, pois sabia que o que vinha pela frente não seria nada fácil.
“Tenho uma sobrinha que mora na Itália e que me mantinha informada da realidade que estavam passando por lá. Então pensei, porque não ajudar também àquelas que não poderiam comprá-las? Foi então que decidi que a cada máscara comprada, outra seria doada para entidades e instituições de Botucatu”, conta.
Vendo a necessidade de pessoas conhecidas em outros países, como Itália e Portugal, fez vídeos com instruções de como produzir as máscaras para compartilhar. Recebeu com grande alegria fotos das máscaras prontas.
As máscaras são feitas com duas camadas de algodão tricoline, e podem ser lavadas, inclusive na máquina. A recomendação é que sejam trocadas a cada duas horas de uso.
Até agora já foram doadas mais de 600 máscaras para o Asilo, Casa dos Idosos, Aconchego, Assistência Social, Projeto Social Semeando o Futuro e Núcleo do Idoso.