Dez crianças morreram na gestação ou durante o parto em menos de 30 dias em Botucatu (SP).
Os números têm como base as notas de falecimento registradas pela empresa que administra os funerais na cidade.
Essas mesmas notas dão conta que todas as crianças foram sepultadas em Botucatu.
Três das crianças eram gêmeas e as demais mortes separadas, segundo traz a nota funerária.
Uma décima primeira que morreu era a única que tinha mais de zero ano, já estava com 3 meses.
Ainda não foram esclarecidos quais os motivos das mortes prematuras nem onde foram feitos os partos ou acompanhamento de gestação.
Botucatu tem a rede particular para o atendimento às gestantes e a Unesp para os partos com acompanhamento na rede pública.
Para se ter um comparativo de número de mortes de crianças, em 2014 eram 9 mortes em um ano, ou 4,8 óbitos a cada 1000 nascidos vivos. Mas não se tinha número de óbitos na gestação ou durante o parto.
O assunto foi abordado também na Rádio Municipalista na manhã deste sábado (28) onde se buscou no primeiro momento entender o que teria gerado o número de mortes.
Pedido de informação foi encaminhado pela reportagem ao Hospital das Clínicas para um posicionamento do poder público.
Na mesma rádio uma médica chegou a comentar que a Unesp, onde se faz os partos públicos, não pode ser vista como lugar de histórias ruins, pois alguns médicos que não querem atender casos com complicação ou mais graves, simplesmente encaminham as pacientes para a maternidade de Botucatu.
Também foi comentado que a cidade mantinha um trabalho de humanização no Hospital da Sorocabana para casos menos graves, mas que foi encerrado com a crise da instituição. E a Unesp que tratava só de casos complicados ficou com todo o atendimento na rede pública. Já o acompanhamento para as gestantes é feito na rede municipal.
Durante o programa duas ouvintes disseram que em casos de risco tentou-se até o último momento o parto normal na Unesp. O site vai continuar ouvindo os especialistas para entender a qualidade do serviço prestado na cidade e se há avanços a serem atingidos, além de tentar encontrar explicações para as mortes recentes de crianças: se foram casos de risco ou algum problema que ocorreu durante o atendimento.
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(do Agência14News)